quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Inimigos da Virgindade - Dois



Edmund

“Que saco” era tudo o que eu conseguia pensar enquanto voltava para casa.
 Primeiro, eu havia acabado de perder o controle de novo e havia espancado um dos meus melhores amigos, provavelmente ele estava magoado comigo, mesmo não sendo ele quem eu estava querendo acertar.
Segundo, meu namorado estava começando a ficar neurado com o fato de eu já ter ficado com a maioria dos meus amigos e agora queria que eu me afastasse deles.
Terceiro, eu realmente estava começando a enlouquecer.
Eu não poderia perder a paciência de novo.
 Encostei-me no muro do apartamento de meu namorado e tentei respirar fundo, eu realmente estava começando a ficar de saco cheio de tudo,  virei meu corpo para a parede e comecei a bater nela, socando-a.
- Esta tudo bem? – Perguntou uma senhora que passava pela rua naquele horário.
- Pareço estar bem? – Perguntei virando para ela com raiva
- Grosso – Ela falou saindo andando e resmungando algo sobre mim.
 Voltar para a casa do Simon não iria adiantar em nada a não ser para todos ficarem me repreendendo por causa de minha raiva, encontrar Tony agora tinha sido difícil demais, ele não iria querer falar comigo tão cedo de novo depois de tudo o que ele me falou. Ir para minha casa também não iria adiantar. Peguei meu celular e comecei a digitar.
- Oi? – Ele falou ao atender
- Podes me encontrar? – Perguntei quando voltei a andar
- Onde você está? – Perguntou.
- Na frente da casa do Tony, mas posso te encontrar ai perto.
- Tudo bem, estou descendo.
 Andei por mais dez quarteirões eu realmente precisava espairecer, aquela situação já estava me deixando realmente irritado. Eu sabia que não iria adiantar em nada, mas pelo menos eu não ficaria sozinho.
 Assim que dobrei a esquina eu o vi, alto e branco, com os lábios carnudos e rosados, os olhos azuis e doces que me entendiam, ele sorriu para mim assim que me viu e quando cheguei me deu um abraço.
- Obrigado, está todo mundo lá encima? – Perguntei ainda encostado em seu corpo.
- Sim, acho que o Beni está ficando porre demais há muito tempo, ontem, hoje, amanha, acho que temos de dar umas tapas naquele idiota.
- Para que eu to me sentindo mal com isso.
- Não no Beni, mas no idiota – Falou Colin, ele parecia realmente muito irritado com o ex-namorado de Beni.
 Por isso que eu gostava do Colin, ele realmente entendia as pessoas, e era muito ligado a seus amigos, Sara não tinha do que reclamar de ser amiga de Colin, ele daria a alma por qualquer um que ele realmente gostasse, eu idolatrava isso nele. Talvez fosse por isso que eu era apaixonado por ele em segredo, o único que sabia disso era Beni.
- Podemos dar uma volta? – Perguntei.
- Estava cuidando do Simon, mas vamos lá, acho que ele consegue ficar bem.
- Queria me desculpar, mas o Tony iria fazer outro barraco. Que merda.
- É aniversario dele Ed, você tem de entender.
- Mas ele tinha de ficar tão porre a esse ponto? Se não fosse a Sara e o Brian ele nem chegava em casa.
- Por isso que eu adoro meus amigos.
- Você é um fofo sabia?
- Vamos comer alguma coisa? Eu não comi absolutamente nada quando cheguei.
 Nós dois seguimos pela rua enquanto amanhecia ambos fumando um cigarro, eu nem sabia por que eu fumava na verdade, eu sempre detestei, acho que comecei a fumar por causa do Colin, queria chamar a atenção dele de algum jeito, e como sempre ele, Beni e Tk ficavam juntos fumando acabei começando a fumar para ficar mais próximo dele.
- Eu vou querer uma batata frita grande e um milk-shake de morango – Pediu Colin assim que chegamos à lanchonete.
- Vou querer um hambúrguer grande e um copão de refrigerante – Pedi logo depois – A gente divide, pode ser?
- Claro – Concordou ele sorrindo. Como eu adorava aquele sorriso.
 Assim que pegamos nossos pedidos sentamos em uma mesa do lado da janela, dava para ver que já estava amanhecendo.
- Talvez seja melhor nós começarmos a comer coisas saudáveis – Falou ele enquanto devorávamos nossos lanches.
- Claro assim que tivermos dinheiro para isso – Falei, nós dois rimos.
- Acho que preciso arranjar um emprego.
- Eu tenho de arranjar um emprego melhor, assim podemos finalmente morar juntos.
- E viver a vida que o Beni e o Tk vivem?
- Você sempre gostou de ficar na casa dos dois, tirando que você vai ter mais liberdade para levar quem quiser lá.
- Não ligo para isso e você sabe, e você sabe de quem eu realmente gosto Ed.
 Engoli em seco, ele nunca olharia para mim, eu sabia de quem ele gostava porque ele já havia me falado enquanto estávamos porres e eu detestava aquela pessoa justamente por isso.
 Assim que terminamos de comer saímos andando para a casa de Colin, sempre que eu podia eu o deixa em casa. Eu não sabia por que estava com o Tony ainda, eu nem se quer gostava dele, e ele me lembrava tanto o Colin, talvez eu só não quisesse ficar sozinho, sabendo que Colin nunca me olharia.
 Ele acenou para mim enquanto tentava abrir a porta. Segui para minha casa logo depois.

- Que bom que trouxe o pão – Falou minha mãe assim que cheguei com o pão logo de manha – Vamos para a igreja hoje cedo.
- Tudo bem, irei só tomar um banho.
- Meu filho, você está bem? – Perguntou minha mãe assim que passei por ela.
- Briguei com o Beni, mas vou ficar bem – Falei sorrindo para minha mãe, saindo andando.
- Porque brigou com ele? Ele é um rapaz tão legal.
- Eu sei disso, foi apenas um mal entendido.
 Subi para meu quarto ainda pensando em Beni, eu realmente tinha sido um brutamontes com ele, me joguei um pouco em minha cama antes de tomar banho, não estava com sono e nem cansado, mas também não queria ir para igreja naquele dia, eu só queria ficar na minha cama e falar com o Beni.
“Encontre-me na igreja hoje, por favor! L” digitei no celular e mandei para Beni, levantei da cama e tirei minha roupa indo direto para o banheiro. Assim que entrei debaixo do chuveiro olhei minhas mãos e meu punho estava roxo, imagine como estaria Beni. Bati algumas vezes na parede pensando o quão idiota eu fui, eu sabia que Simon também não merecia aquilo, que merda.
- Que bom que já está pronto, chame seu irmão, está quase na hora de sair – Falou minha mãe assim que sai do quarto todo arrumado.
 Andei até o fim do corredor, onde era o quarto do meu irmão e bati na porta duas vezes, provavelmente o idiota estava dormindo ainda e isso só estressaria nossa mãe, ia ter de dar umas tapas no moleque para ele acordar. Mas ao entrar no quarto ele já estava terminando de colocar o tênis.
- Aonde foi ontem? – Perguntou ele sem virar para me olhar, ele sabia que era eu.
- Casa do Simon, aniversário dele.
- Você tem que andar com tantos veados assim? – Perguntou ele ainda sem olhar para mim.
- Pelo menos eles são bem mais legais do que os seus amigos. – Rebati, não queria brigar com o meu irmão logo pela manha.
 Ninguém da minha família sabia da minha opção sexual, e meio que Beni era o único que frequentava minha casa, minha mãe o conhecia porque ele foi o único que ficou do meu lado quando nos conhecemos enquanto eu me descobria, nos conhecemos em uma festa onde nós dois fomos expulsos porque um garoto estava me pagando um boquete, isso foi meio cômico, eu nunca havia ficado com nenhum garoto antes, mas adorava ver pornografia no computador de homens com homens.
 Logo depois dessa festa que eu estava com meus amigos, eu comecei a me interessar por esse mundo sem medo e sem rótulos, e meio que isso criou uma confusão em minha cabeça, e como Beni era uma pessoa muito leal ele foi me ensinando como lidar com aquilo que eu estava sentindo, ele começou a ir a igreja comigo todos os domingos, me mostrando que mesmo homossexual Deus ainda estaria do meu lado, e começou a fazer minha mãe gostar de sua companhia, ele nunca falou que era gay para ela, mas ela sabia por causa de meu irmão ,pois meu irmão conhecia o ex-namorado de Beni, porem ambos não se falavam.
 Beni não gosta do meu irmão porque meu irmão o tratava muito mal, simplesmente porque ele é homofóbico, quando Beni vem em casa meu irmão acha um jeito de sair de casa bem rápido, mas Beni não se importa, um dia perguntei o porque e ele só falou que não se importa muito o que aqueles que não valem nada para ele pensam, foi uma boa desculpa para mim.
 Mas eu me importo, porque querendo ou não ele é meu irmão, crescemos juntos, nascemos juntos. Sim ele é meu irmão gêmeo.
- Pelo menos eles não são veados – Falou meu sósia agora de frente para mim.
- Olhe o palavreado – Falou minha mãe ao passar por nós – E se estão falando de Beni, ele pode até ser homossexual, mas trabalha, estuda, tem uma casa aonde mora sozinho, não tem família, e continua com a vida, ganhando bastante conhecimento nela. O que você sabe Enzo? Nada, não estuda, não trabalha, não faz nada a não ser jogar vídeo game com aquele monte de vagabundo que você chama de amigo, se não fosse pelo seu pai você estaria perdido no mundo.
 Meu irmão fechou a cara e saiu andando batendo o pé escada a baixo, minha mãe olhou para mim e sorriu – Porque ele não é como você? Estuda, trabalha, não é homossexual, mas não tem nenhum preconceito sendo que seu melhor amigo é um. Você é o meu filho perfeito. – Ela sorriu e beijou meu rosto.
 Mordi os lábios quando minha mãe virou para descer também, doía quando ela falava isso para mim, eu já havia falado com Beni sobre isso e tudo o que ele conseguia me falar nessa situação era sorrir e parecer que era verdade, porque é melhor deixar ela feliz enquanto eu ainda moro com ela, e como eu não tinha trejeitos seria melhor continuar assim, pois o mundo é preconceituoso, definitivamente Beni era meu melhor amigo.
- Edmund, vamos! – Chamou minha mãe me acordando de meus pensamentos.
 Limpei meu rosto e desci, tentando sorrir. Não era fácil.
 Eu amava minha mãe, isso ninguém pode falar o contrario, e queria vê-la feliz, e eu sabia que eu me assumir para ela não seria bom, iríamos perder essa ligação, e meu irmão não iria aceitar nunca isso, preferia manter a casa em paz, o que demorou muito para ficar, do que torna-la um caos, que droga, eu realmente estava mal com aquela situação.
- Oi – Falou Beni enquanto esperávamos a missa começar.
 Olhei para ele e tudo o que eu consegui sentir foi raiva de mim mesmo, seu olho estava arroxeado, e sua boca estava rasgada na parte de baixo, minha mãe me olhou com uma cara de poucos amigos e então foi até Beni o abraçando.
- Meu filho, eu nem sei o que dizer, me desculpe pelo meu filho brutamontes. – Falou ela para ele, depois me deu uma tapa no pescoço e saiu andando.
- Teve o que merecia? – Perguntou meu irmão abrindo um sorriso irônico para Beni.
- Cala a boca retardado – Falei para meu irmão.
- Alguém falou alguma coisa Ed? – Perguntou Beni sorrindo – Parecia merda caindo no vaso, ou algo assim?
- Veadinho.
- Mais merda caindo no vaso, esse pessoal que é uma merda não tem jeito mesmo, por isso que vive batendo punheta no quarto ou fazendo troca-troca com os amigos, porque até eu pego mais mulher do que esse tipo de gente.
 Beni olhou para meu irmão com uma cara de “você ainda está aqui por quê?” e então segurou no meu braço e me levou de perto de meu irmão. Nós dois sentamos mais atrás naquele dia, minha mãe sabia que quando meu irmão ia para igreja eu preferia ficar com Beni do que com eles, então ela passou por nós e deu um beijo em cada um e voltou para o lugar aonde estávamos.
- Me desculpa.
- Não se preocupe, ele é retardado.
- Estou falando de seu rosto.
- Meu peito e minha costela estão piores, mas tudo bem.
- Que merda, você só está fazendo eu me sentir mal – Falei encarando Beni com raiva, ele sorriu para mim e deu tapinhas em minha costa.
- Eu sei disso – Falou Beni abrindo um sorriso para mim, nós dois começamos a rir. – Acho que transei com o Phil.
- Serio? – Eu falei um tanto alto, algumas pessoas olharam para nós.
- Eu não sei, eu não lembro, eu sai de lá assim que recebi sua mensagem, estou com a roupa mais decente que eu achei no guarda roupa do Simon.
- Realmente te ver de camisa social é estranho.
- Era o que tínhamos para hoje – Falou Beni olhando para a camisa social, dando de ombros depois. – Mas obrigado pelo convite, estava precisando me ligar a Deus um pouquinho e pedir perdão.
- Temos que conversar seriamente – Falou Ed me encarando.
- Depois da missa – Falou Beni levantando, assim como todo o resto do salão.

- O Ed pode ir comigo Dona Ana? – Perguntou Beni assim que saímos do salão.
- Aonde vocês vão nessa manha de sábado meus queridos? – Perguntou minha mãe a Beni sorridente.
- Eu ganhei um bônus no trabalho, e como já estava economizando a um tempo, consegui juntar para comprar um carro, é de segunda mão, mas vai ajudar bastante. Queria que o Ed fosse, eu não entendo nada de carros.
- Também pudera – Sussurrou meu irmão um tanto alto demais.
 Minha mãe suspirou e olhou para meu irmão com raiva depois virou sorrindo para Beni – Desculpe querido, é claro que ele pode ir com você, estou tão feliz, queria que o Enzo fosse como você, mas ele não faz nada a não ser, ser sustentado pelo traste do pai.
 Pode sentir Beni segurando o riso do meu lado e tudo o que eu fiz foi sorrir para meu irmão que amarrou a cara – Tudo bem dona Ana, algumas pessoas não tem aptidão para isso, veja o Edmund, conseguiu um trabalho com a minha ajuda, se a senhora quiser eu posso indica-lo a um dos meus contatos, ou até mesmo na empresa, estão precisando de gente.
- Seria ótimo – Falou minha mãe abrindo um sorriso para meu irmão que há essa hora já estava bufando de raiva, e eu apenas me divertindo com aquela situação.
- Tudo bem, irei mexer meus pauzinhos – Falou Beni sorrindo ironicamente para meu irmão.
- Cuidado meninos – Falou minha mãe dando um beijo em cada um. Depois ela saiu com meu irmão que não se despediu de nenhum de nós dois.
- Às vezes você pega pesado com ele – Falei enquanto gargalhamos de Beni imitando meu irmão enquanto andávamos.
- Ele merece, Ed você vai ver, seu irmão quando der o cu não vai parar por ai.
- Seria bem legal se fosse você que comesse ele.
- Isso ia ser hilário – Voltamos a rir de novo.
- Mas agora vamos falar de você meu amigo.
- Ed, por favor, Emma já falou comigo, o Tito também.
- Porque todos nos importamos com você, você vai comprar um carro agora, não pode ficar andando por ai com ele bêbado. Porque você tem de beber tanto, você não lembra nem que tinha transado com o Phil.
- Alconteceu. – Falou Beni sorrindo.
- Isso não tem graça.
- Tudo bem Ed, desculpe – Ele falou parecendo triste com a minha reprovação.
- Só quero cuidar de você – Falei suspirando.
- Eu sei, e tenho que te falar, acho que eu transei com o Colin na quinta feira – Falou ele parecendo magoado com aquilo, pois ele sabia o quanto eu gostava do Colin.
 O que ele me falou pareceu um soco na beira do estômago, como meu melhor amigo poderia ter transado com o cara que eu amo, eu não sabia se ficava com raiva ou se ficava triste com o acontecido, eu sabia que tinha sido o álcool, e eu sabia que ele e Colin já haviam tido um relacionamento, eu sabia que eu não tinha chances de ficar com o Colin porque ele amava o Tito, eu realmente não sabia mais o que fazer. Eu estava com raiva isso sim, por um momento eu achei que o soco que eu havia dado em Beni havia valido a pena.
 Não falei mais muita coisa com Beni durante a visita aos carros, eu só falava quando ele me perguntava algo sobre o carro, ele percebeu que estava com raiva dele, mas também sabia que tinha feito à coisa certa em me contar, pois se eu soubesse por outros eu não iria gostar, então ele escolheu um carro rápido e então me liberou, eu sabia que ele sabia que eu queria ir embora e ficar sozinho.
 Sai dali com lagrimas nos olhos, e eu nem sabia o porquê, estava com tanta raiva de Colin não me notar, estava com tanta raiva de Tony por não ama-lo, eu estava com tanta raiva de Beni por ficar bebendo o tempo todo por causa do amor, esta com raiva do amor de Beni, de não poder contar a minha mãe que era gay, de meu irmão por ser ele mesmo, ou por existir.
- Alo – Praticamente cuspi quando atendi o telefone sem olhar o visor.
- Está tudo bem? – Perguntou Colin do outro lado da linha.
  Ouvir a voz de Colin me acalmou um pouco – Desculpe, pisei no coco de cachorro na hora que atendi ao telefone.
- Me desculpa!
- A culpa não é sua Colin, eu que sou idiota.
- Podemos nos ver? Estou aqui no parque.
- Estou indo ai.

 Colin estava sentado fumando um cigarro quando eu o avistei, ele olhou para mim sorrindo e acenou com a mão, como ele era lindo.
- Obrigado por vir – Disse ele todo sorridente.
- De nada, o que houve? – Perguntei sentando ao seu lado.
- Decidi. Não vou ficar me prendendo ao Tito, ele não me quer e eu já entendi isso agora, foi a ultima vez que eu tentei algo, vou me libertar disso e vou para a vida. Conheci um cara legal, talvez seja algo bom. Já ficamos duas vezes e nos falamos todos os dias.
 Ficar ouvindo aquilo estava me dando um angustia imensa, será que ele não estava me notando, eu estava ali. Fiquei ouvindo o que Colin tinha para falar a tarde toda, sobre esse garoto e que eu precisava conhecê-lo, por segundos eu queria chorar, por outro bater em Colin.
 O deixei em casa e fui até a casa de Tony, eu agora sim iria fazer o que Colin estava fazendo me libertar dele e viver o meu relacionamento com alguém que gostava de mim, nem que para isso eu tivesse que me afastar de meus amigos, já que esse foi um dos pedidos de Tony para mim.
 Apertei a campainha duas vezes, ele abriu meio sonolento, provavelmente ainda estava dormindo, seus olhos estavam inchados, provavelmente havia passado a noite chorando por mim. Ele sorriu a me ver, puxei ele pela cintura e lhe dei um beijo ali no corredor de seu apartamento mesmo.
- Me desculpa meu amor – Falei encostado com a minha boca na dele – Me desculpa.
 Ele começou a chorar de novo, nós dois entramos e nos deitamos na cama, fiquei alisando sua cabeça durante a tarde toda, fazendo cafuné nele. Tivemos nossa melhor transa de reconciliação, eu nunca havia percebido o quanto Tony me amava, talvez já tivesse, mas nunca tinha notado aquilo. Já estava mais do que na hora de dar valor a esse amor. Eu estava decidido a parar de ser idiota e de dar tanto valor ao Colin, e apenas me concentrar em meu relacionamento com Tony.
  E era isso que eu iria fazer.



Musica do Capitulo:
Na sua Estante - Pitty


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