sábado, 9 de junho de 2012

R.A.V.E - Capitulo Um


Um - Se beber, não pegue emprestado o carro de sua mãe. 


 Ele já deve estar chegando, pensei enquanto estava sentado em minha cama olhando para meus amigos, eles também iriam comigo para a festa de carona com Lewis, ele havia conseguido roubar o carro da mãe, e isso era ótimo porque nós não queríamos ir de ônibus, a festa seria do outro lado da cidade.
 Olhei para Wren a minha frente, ele havia acabado de abri a carteira de cigarros e havia dado um para Ronny e outro para mim, ele realmente estava bonito com aquela roupa, combinava com sua pele morena, e o cabelo dele estava para trás, ele estava parecendo um mauricinho porque queria pegar alguém naquela festa.
 Estávamos indo comemorar meu aniversario, ele já havia passado, nem Wren e nem Lewis puderam estar comigo na aparição surpresa de uns amigos meus em meu quarto enquanto eu fumava um cigarro e ouvia um pouco de musica. Antes disso, no mesmo dia, Eu e Ronny estávamos voltando para casa de manha, havíamos ido a uma festa de uma noite para outra já que meu aniversario seria no outro dia, e fomos comemorar juntos em uma festa underground que havia em um bairro próximo, cheguei a minha casa umas seis da manha e tudo o que eu queria saber era dormir.
  No outro dia foi uma situação engraçada já que estava apenas de samba canção em meu quarto, minha tia havia saído ela tinha que bater turno naquela noite e acabei sozinho no dia do meu aniversario, mais de repente aparece Jacke e Bob, o namorado dela, Lara, Sarah e Sam, Lea, Andy e Ted, foi uma boa festa surpresa já que eles haviam trazido um pequeno bolo e algumas cervejas. Depois saímos para uma festa e acabamos amanhecidos em outro bar, todos estávamos porres, só Sam que não pode ficar conosco naquele dia já que ela era a única menor de idade, e irmã de Sarah também.
- Acho que ainda estou porre – Indagou Ronny enquanto esperávamos Lewis chegar.
- Não é para menos, você bebeu tanto hoje – Disse estalando os dedos enquanto acendia o cigarro que Wren havia me dado.
- Onde está Ted? – Perguntou Wren, sua cara não estava muito boa, havíamos comido alguns hambúrgueres que Ronny havia trazido, ela nos obrigou a ver um filme de terror que na verdade deveria estar na categoria nojenta, e tivemos que comer vendo o filme, não era nenhum pouco digestivo.
- Ele esta chegando – Disse Ronny olhando no celular, eles estavam se comunicando por mensagem desde quando ela havia chegado.
- O que me preocupa é o Lewis, será que ele conseguiu o carro? – Perguntei olhando para o espelho, até que havia escolhido uma roupa diferente da de hoje de madrugada.
- Ele esta ai na frente – Disse Ronny levantando.
 Nós três fomos até a porta, Ronny abriu e pulou encima de Ted. Ted era outro amigo nosso, ele estava realmente simples mais incrivelmente bonito, não é todo homem que continua bonito usando roupas largas.
- Boa noite – Disse ele abraçando Wren e depois a mim.
- Só falta o Lewis agora – Disse Wren, ele parecia realmente impaciente, também não era para menos, já estava se passando meia hora da hora marcada.
- Ele deve estar chegando – Disse, depois virei para Ted – Quer comer alguma coisa?
- Não obrigado, minha avó me fez comer tudo o que tinha antes de sair, ela diz que estou muito magro – Disse Ted caminhando conosco para meu quarto.
- Ela esta certa – Disse Ronny apertando a cintura fina de Ted, a roupa enganava bem.
- Conseguiu falar com a Lea? – Perguntou Wren sentando de novo na cadeira da escrivaninha.
- Sim, ela já esta nos esperando. – Disse Ted dando de ombro – Como sempre, e Sarah não vai poder ir, se não me engano ela brigou com a Sam.
- Aposto que a Sam queria ir – Disse pegando outro cigarro da carteira.
- Isso mesmo – Disse Ted
- Bem a cara da Sam, quando vamos fazer uma identidade falsa para ela? – Perguntei.
- Quando ela conseguir não perder a verdadeira – Falou Wren rindo.
- O Lewis esta dobrando a esquina – Disse Ronny.
 Nós quatro levantamos juntos, iriamos chegar tarde e Lea provavelmente está bufando a fumaça do cigarro, ela só esta indo para a festa por minha causa, já que ela não pode ir para a comemoração após minha casa.
 O Carro da mãe de Lewis parou em frente em minha casa e nós praticamente pulamos para dentro do carro, Ronny na frente e nós três atrás. Conheci Lewis fazendo um curso de pintura em uma escola independente, ele acabou ficando amigo dos meus amigos depois que o encontrei em uma festa e nós ficamos conversando juntos enquanto bebíamos, ele era um cara legal, o único problema era que tinha um dedo podre para namorados.
 Assim que chegamos vimos Lea conversando com uma senhora que estava vendendo cerveja na entrada da festa, era sempre mais barato do lado de fora, principalmente porque lá dentro, no local da festa, era um bordel, os organizadores estavam fazendo uma festa de anos de um bom publico e com isso eles escolhiam lugares exóticos para os aniversários.
 O lugar era pequeno para o numero de pessoa que iriam participar, nós cinco antes de chegar paramos para comprar bebida e tínhamos que beber fora do local para depois entrar e curtir a festa bem porres. Eu e Ronny estávamos conversando com Lea que estava nos contando como ela havia conhecido uma das prostitutas que trabalhavam no bordel, e que haviam a confundido com uma das prostitutas, já que Lea era realmente gostosa, e ainda estava usando um vestido vermelho curto e meias calças com cinta-liga.
 Foi então que conhecemos Alex, o desastre da festa. Ele e Lewis já se conheciam e decidiram ficar naquela festa, e os dois estavam bebendo bastante, e nem havíamos percebido isso. Alex era um cara legal, e realmente bonito, só que não o conhecíamos, Ted e Wren já haviam entrado na parte coberta da festa nós deixando segurando vela para Alex e Lewis que não pareciam nenhum pouco a fim de esconder que estavam querendo fazer sexo.
- Lewis, vamos entrar – Disse Lea chamando a atenção deles, interrompendo um beijo.
- Tudo bem, nós vamos depois – Sufocou Lewis enquanto Alex o beijava.
 Nós três entramos depois e encontramos alguns conhecidos, depois achamos Wren e Ted que estavam dançando, tentando seduzir algumas garotas, enquanto eu e as meninas estávamos rindo deles fazendo aquilo. Foi só quando Ronny puxou meu braço que eu vi o que terminaria nossa noite.
 Lewis e Alex haviam entrado e eles não pareciam normais, ambos estavam cambaleando e procurando alguém, provavelmente nós, só que Alex esbarrou em uma mulher gorducha que dançava com o namorado e a mulher acabou olhando para ele com raiva, ele olhou para ela com desprezo e virou o rosto, só que o namorado da mulher começou a falar alguma coisa, então Alex olhou para ele e falou alguma coisa. E percebi que Lewis não estava mais junto a ele, ele estava abrindo a calça indo para a parede. Nós três corremos até eles.
 Lea foi até Alex e o casal e os apartou pedindo desculpa pelo comportamento de Alex, já eu e Ronny fomos até Lewis e percebemos que ele queria urinar, só que antes mesmo de ele colocar o seu membro para fora o segurança veio até nós.
- Aqui não é banheiro – Gritou o segurança para Lewis que olhou para ele não dando a mínima.
- Desculpa – Respondeu Ronny aos berros pela musica alta – Já vamos tira-lo daqui, ele esta um pouco porre.
- Acho bom – Li o segurança falar.
 Nós dois pegamos Lewis e o arrastamos para o estacionamento, e Lea fez o mesmo com Alex que parecia menos porre do que Lewis. Colocamos ambos sentados no chão e ficamos os observando, então Lewis virou para o lado e começou a vomitar. Alex estava comentando o quanto a mulher era gorda e que ela precisava de uma lipoaspiração ou uma dieta das bravas.
- Vou chamar os meninos – Disse Ronny parecendo assustada com a situação.
 Lea e Eu nos entreolhamos, perguntando uma o outro o que fazer naquela situação.
 Só que ela foi piorando com o passar do tempo porque Lewis depois de vomitar caiu encima de seu vomito e ele não parecia muito bem, ele estava ficando verde, e Alex havia parado de gritar, e agora estava me encarando, eu realmente estava com medo, porque ele estava muito pálido, ele já era branco, estava muito mais branco, mas antes de poder falara alguma coisa ele apenas começou a vomitar, se Lea não estivesse encarando Alex também ela estaria banhada de vomito porque ele vomitou em nossa direção e em toda sua calça, depois caiu por cima de Lewis.
- O que é isso? Credo que cheiro horrível – Disse Wren assim que chegou junto com Ted e Ronny.
- Merda o que esta acontecendo com o Lewis, tirem o Alex de cima dele – Disse Ronny pulando para cima dos dois que estavam inconsciente. Lewis estava jogado encima do seu vomito e agora estava branco, e começou a ter algumas convulsões, e ficou completamente deitado sobre o seu vomito. Ronny havia puxado Alex para longe e estava passando a mão na costa de Alex para ver se ele ainda queria vomitar. Eu e os outros fomos ajudar Lewis, o viramos de barriga para cima e tiramos a sua camisa, seu corpo estava muito gelado, e não sabíamos o que fazer.
- Alguém tem alguma coisa doce? Ele entrou em coma alcoólico. – Disse Ted olhando para nós, ele realmente parecia já ter passado por isso.
- Eu tenho um pirulito, a senhora lá da frente me deu – Disse Lea passando um pirulito.
- Eu não aguento mais esse cheiro – Disse Wren afastando de Lewis.
- Droga, os seguranças – Disse Lea olhando para dois homens grandes se aproximando de nós.
- O que aconteceu? – Perguntou o que estava com uma lanterna, ele estava com um sorriso no rosto.
- Coma alcoólico – Respondi sem pensar enfiando o pirulito na boca de Lewis – Chupa seu gay.
- Acho melhor leva-los para a emergência, vocês estão como? – Perguntou o segundo segurança.
- Ele esta de carro – Respondi olhando para Lewis – Droga.
- Querem que chamemos um taxi? – Perguntou o segurança sem lanterna.
- Ninguém vai querer levar eles, eles estão todos vomitados – Disse o segurança, ainda sorrindo, com a lanterna.
- Algum de vocês sabe dirigir? – Perguntou o segurança sem a lanterna.
- Eu sei, mais ou menos – Disse olhando para os meninos.
  Eles sabiam que eu já havia tido algumas aulas de direção com um amigo, mas eles sabiam que eu não era exatamente bom motorista, só havia pegado no carro umas três vezes, todos pareceram aflitos com o fato de eu pegar o carro, mas era o único jeito de sairmos dali para levarmos os dois para a emergência.
 Assim que cheguei ao carro eu percebi que havia esquecido como ligava ele, eu estava realmente nervoso, olhei para o volante e comecei a me apavorar, eu realmente deveria ter bebido mais, enfie a chave e a girei, quando o carro ligou me assustei e acelerei rapidamente, por sorte o carro estava no freio de mão porque se não teria batido no carro que estava estacionado a frente, suspirei e tentei me acalmar meus amigos precisavam sair dali rapidamente. Lembrei o que tinha que fazer assim que tirei o freio de mão, sai da vaga devagar e dei a volta no local, quase atropelei algumas pessoas que estava chegando à festa. Não estava assim tão difícil até chegar em uma parte estreita em que havia uma descida, parei o carro e não consegui sair dali, só que haviam carros chegando logo atrás então não podia ficar parado por muito tempo, minha sorte foi que o segurança legal, sem a lanterna, pediu para descer com o carro, eu permitir e sai atrás do carro. Ele parou o carro um pouco distante de onde estávamos, então teríamos de carregar eles até o carro.
 - Temos que colocar eles atrás – Disse Wren abrindo o porta malas.
- É muito pequeno, é melhor eles irem no banco de trás – Disse Ronny parada enfrente ao porta malas.
- Me ajudem aqui – Disse Ted tentando levantar Lewis sozinho, quase caindo com ele – Ele é magro, mas os ossos grandes dele pesam.
- Eu não aguento ficar perto desse cheiro, vou vomitar também – Disse Wren com a mão da barriga.
- Para de frescura e ajuda – Disse Lea batendo na cabeça de Wren o fazendo ir para frente.
 Ronny, Ted, Wren e eu conseguimos carregar ele para dentro da carro, Lea estava lá dentro e nos ajudou a endireitar ele ali dentro, ele ainda babava e estava realmente malado de vomito, deixando o carro completamente empesteado. Depois carregamos Alex para dentro, com menos esforço porque ele era mais leve do que Lewis. Então eu assumi o volante, Ronny sentou ao meu lado no banco do motorista, ela iria me guiar até o hospital, Lea estava no banco de trás segurando Lewis e Alex para que eles não batessem muito a cabeça e Wren e Ted estava sofrendo no porta mala porque eles realmente não cabiam ali dentro juntos.
 A rua estava um pouco desertar por passar das duas da manha, mais cada vez que passávamos por um cruzamento era uma gritaria dentro do carro porque ninguém queria morrer naquela noite de comemoração, fio num cruzamento que nós ficamos assustados já que um carro praticamente nos bateu, eu não o havia visto e ele idem.
- Merda ele esta nos seguindo – Berrou Ted lá de trás.
 Aquilo não era algo bom de ouvir enquanto você esta nervoso dirigindo o carro da mãe de seu amigo. Ronny falava para eu acelerar e Lea para paramos em algum lugar e sairmos correndo, só que cada vez que um falava alguma coisa eu realmente não sabia o que fazer.
- Ele dobrou – Gritou Wren, pelo retrovisor eu o vi batendo em Ted. – EU NÃO QUERO MORRER HOJE CARALHO!
- DESCULPA – Berrou Ted, ele provavelmente estava sofrendo, porque o soco de Wren doía. Ele fazia academia e lutava karatê.
- É ali – Gritou Ronny para mim assim que avistou a emergência.
- Ta – Berrei de volta perdendo por segundos o controle do carro pelo susto que ela havia me dado, já que eu estava olhando para Ted e Wren brigando no porta mala.
 Entramos no estacionamento da emergência e eu dei um freio rápido, cantando pneus dentro de um lugar fechado, achei que não iria conseguir parar e estava com medo de bater no carro que estava estacionado a frente. Nós cinco paramos e ficamos estático por um momento provavelmente querendo saber se ainda estávamos vivos. Depois descemos do carro rapidamente, Ronny e Ted pegaram duas cadeiras de rodas enquanto Wren, Lea e eu tirávamos Lewis de dentro do carro ainda inconsciente.
- Vai rápido – Gritei para Ronny que saiu correndo empurrando a cadeira de rodas com Lewis.
 Nós quatro tiramos Alex do carro e o jogamos na cadeira de rodas. E Wren saiu correndo com ele para a emergência. Eu me joguei no chão de joelhos, com o pico de adrenalina que havia sofrido por dirigir um carro, quase ser seguido e quase bater o mesmo carro tudo em uma noite só. Lea se ajoelhou ao meu lado e começou a passar a mão na minha costa dizendo que eu havia sido ótimo, e Ted me trouxe um pouco de agua, o segurança da emergência perguntou se queríamos que ele estacionasse o carro e praticamente joguei a chave nele como se ela fosse um peço de ferro fervente.
- Onde será que eles estão? – Perguntou Lea assim que entramos no hospital.
- Provavelmente eles vão para a urgência, ou tomar alguma coisa – Disse Ted – Aposto minha vida que é por ali – Falou solenemente Ted apontando para o corredor.
- Esta escrito na placa inteligência – Disse Lea revirando os olhos, saindo em caminhada para a urgência.
 Assim que chegamos à área onde Wren e Ronny estavam com Alex e Lewis percebi que não eram os únicos em coma alcoólico naquele hospital, parece que estavam havendo muitas festas naquele sábado, pois haviam mais uns quatro ou cinco na cadeira de roda, dois inconsciente e outros três passando mal, um até chegou a vomitar na sala, fazendo Wren quase vomitar também pelo cheiro, uma mulher que estava com um na cadeira de rodas passando mal estava falando que haviam mais amiguinhos se juntando a ele, de uma forma muito engraçada como se o cara fosse uma criança, o rapaz apenas sorriu para nós e depois deixou a cabeça cair, os amigos deles riram e a mesma mulher comentou que ele havia tomado uma garrafa de tequila sozinho, isso sim era radical. Os cinco foram atendidos, Alex e Lewis ficaram tomando um soro de glicose enquanto nós três assistíamos aquilo como se fosse uma comedia porque Alex mesmo inconsciente gritava coisas estranhas e Lewis realmente parecia um bebe se livrando das mãos da enfermeiras enquanto elas tentavam achar a veia dele.
- Preciso de algo forte – Disse olhando para a situação dos dois ali.
- Somos quatro – Concordou Wren. Nós cinco saímos de lá deixando os dois na mãos da enfermeira.
- Não deveria ficar alguém com eles? – Perguntou Ted.
- Fica você então – Rebateu Lea.
- Não, os deixem lá mesmo – Nós cinco caímos na gargalhada enquanto saiamos para fumar um cigarro do lado de fora. Depois de tudo o que havíamos passado nós realmente precisávamos de um cigarro.
 Já estava clareando quando terminamos os cigarros, e então percebi que estava faminto, e não era apenas eu. Nós cinco descemos um pouco a rua e chegamos a um trailer de lanches de rua, sentamos na mesa e pedimos os lanches, ficamos conversando e imaginando como teria sido a festa se os dois não tivessem que ir para a emergência, e quando os nossos lanches chegaram nós praticamente os devoramos. Lea então pegou uma carteira que eu não sabia que ela tinha e tirou uma nota de cem reais, e comentou que aquela carteira era de Alex e que deveríamos pagar nossa comida com aquele dinheiro já que graça a eles nossa festa havia terminado muito mal. Todos concordaram e saímos dali gastando apenas o dinheiro de Alex. Quando voltamos para o hospital ambos já estavam melhor, com cor no rosto, Alex foi o primeiro a acordar, ele parecia completamente assustado por estar ali, e assim que levantou não falou nada, pegou os pertences que agora estava com Ronny e saiu dali se desculpando pelo o que havia acontecido.
 Lewis acordou ainda passando mal, mas o medico explicou que era tudo por causa da quantidade de álcool que ele havia ingerido na noite anterior e que provavelmente ele estaria bem melhor depois de um café da manha bem reforçado. Nós saímos dali e ele pedia desculpa e meio que aquilo já estava enjoando, afirmou que já conseguia levar o carro, mas ninguém o deixou tocar nas chaves então sobrou para eu levar o carro para a casa dele. O cheiro de vomito ainda era forte. Fomos com as janelas abertas fumando, e como Lewis não gosta de cigarros ele teve que aguentar calado porque havia nos dado muito trabalho naquela madrugada.
Assim que estacionei o carro na frente da casa dos pais de Lewis percebemos que estaríamos enrascados se eles nos pegassem daquele jeito, ele principalmente e nunca mais teria como sair de carro. Nós deixamos o carro alguns quarteirões depois no lava jato e voltamos andando para a casa de Lewis, se a mãe de Lewis, que não é nenhum pouco simpática com nós, iria nos ver, e principalmente, o visse todo sujo provavelmente iria perguntar do carro. Só que Lewis realmente precisava de um banho e mudar de roupas, de preferencias jogar a que ele estava fora. Por sorte já havíamos entrado na casa de Lewis pulando o muro, isso requer varias saídas para festas escondido. Descemos no quintal da casa dele e por sorte a cachorra de sua prima não estava lá, provavelmente a família havia ido para a praça perto da casa dele que era um ponto turístico da cidade. Entramos na cada de Lewis sorrateiramente, para realmente averiguar se não havia ninguém e por sorte dele não havia, subimos e nós cinco ficamos sentados na cama comentando sobre como seria engraçado se a mãe dele estivesse em casa e o pegasse daquele jeito.
 Só que então a ouvimos o chamando. Nós nos olhamos e ficamos em pânico. Ela não poderia nos pegar ali. E então começamos a correr pelo quarto procurando um esconderijo, Ted, Lea e eu nos escondemos embaixo da cama, Wren se escondeu no armário de Lewis e Ronny ficou atrás da estante de livros que havia no quarto, era um bom lugar já que ninguém procuraria nada ali.
- Já chegou? – Perguntou a mãe de Lewis entrando no quarto.
- Oi mãe – Ouvi Lewis do banheiro – É sim, deixei o carro na casa do meu amigo, não queria dirigir com sono ainda.
- Porque voltou tão cedo? – Perguntou ela parada em frente a porta do banheiro.
- Prometi ao papai que estaria em casa antes do almoço – Respondeu Lewis, ele provavelmente estaria se perguntando onde nós estávamos.
- Tudo bem, espero que traga o carro logo, quero ir fazer compras.
Só que nesse momento o celular de Wren tocou, só ele tinha o toque de uma serie que assistíamos no celular. Olhei para Ted e ele olhou para o armário, de onde estávamos dava para ver o armário e onde Ronny havia se escondido, assim que ouvimos os passos da mãe de Lewis se aproximando do armário, baixamos a colcha e prendemos a respiração. Acho que a mãe de Lewis viu o movimento da colcha da cama porque vimos ela começando a se levantar, mas então Lewis abriu a porta do banheiro.
- O que esta procurando? – Ouvi ele perguntar.
- Acho que seu celular esta aqui embaixo.
- Depois eu pego, deve ser a Ronny. Ela quer uma carona para casa.
- A Rosmenta? Vocês ainda se falam? – Perguntou ela, sentando-se na cama. Nós três nos entreolhamos e cobrimos a boca para não começarmos a rir.
- Sim – Dava para perceber na voz de Lewis que ele estava nervoso.
- Você esta bem meu filho? – Perguntou a mãe dele, ela parecia preocupada, talvez com o estado do seu precioso carro.
- Claro mãe, vou me trocar e já vou pegar o carro.
- Tudo bem, me encontrarei com o seu pai, ele esta com sua avó e seus tios na praça.
- Nenhuma novidade dominical – Diz Lewis parecendo agora entediado.
 Finalmente a mãe de Lewis saiu do quarto e contamos até vinte para que ela estivesse fora da casa também, saímos de nossos esconderijos e encontramos Lewis apenas de cueca parecendo confuso conosco saindo de baixo da cama e do armário, começamos a rir de quase sermos flagrados e de Lewis que ainda parecia porre demais para assimilar as coisas.
 Depois que todos tomaram banho e fomos até o lava jato pegar o carro, Lewis nos deixou em casa seguindo para o seu encontro com sua família na praça. Aquele sim havia sido um aniversario inesquecível. Não sabia o quanto.

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