Um - Se beber, não pegue emprestado o carro de sua mãe.
Ele já deve estar chegando, pensei enquanto
estava sentado em minha cama olhando para meus amigos, eles também iriam comigo
para a festa de carona com Lewis, ele havia conseguido roubar o carro da mãe, e
isso era ótimo porque nós não queríamos ir de ônibus, a festa seria do outro
lado da cidade.
Olhei para Wren a minha frente, ele havia
acabado de abri a carteira de cigarros e havia dado um para Ronny e outro para
mim, ele realmente estava bonito com aquela roupa, combinava com sua pele
morena, e o cabelo dele estava para trás, ele estava parecendo um mauricinho
porque queria pegar alguém naquela festa.
Estávamos indo comemorar meu aniversario, ele
já havia passado, nem Wren e nem Lewis puderam estar comigo na aparição
surpresa de uns amigos meus em meu quarto enquanto eu fumava um cigarro e ouvia
um pouco de musica. Antes disso, no mesmo dia, Eu e Ronny estávamos voltando
para casa de manha, havíamos ido a uma festa de uma noite para outra já que meu
aniversario seria no outro dia, e fomos comemorar juntos em uma festa
underground que havia em um bairro próximo, cheguei a minha casa umas seis da
manha e tudo o que eu queria saber era dormir.
No
outro dia foi uma situação engraçada já que estava apenas de samba canção em
meu quarto, minha tia havia saído ela tinha que bater turno naquela noite e
acabei sozinho no dia do meu aniversario, mais de repente aparece Jacke e Bob,
o namorado dela, Lara, Sarah e Sam, Lea, Andy e Ted, foi uma boa festa surpresa
já que eles haviam trazido um pequeno bolo e algumas cervejas. Depois saímos
para uma festa e acabamos amanhecidos em outro bar, todos estávamos porres, só
Sam que não pode ficar conosco naquele dia já que ela era a única menor de
idade, e irmã de Sarah também.
-
Acho que ainda estou porre – Indagou Ronny enquanto esperávamos Lewis chegar.
-
Não é para menos, você bebeu tanto hoje – Disse estalando os dedos enquanto
acendia o cigarro que Wren havia me dado.
-
Onde está Ted? – Perguntou Wren, sua cara não estava muito boa, havíamos comido
alguns hambúrgueres que Ronny havia trazido, ela nos obrigou a ver um filme de
terror que na verdade deveria estar na categoria nojenta, e tivemos que comer
vendo o filme, não era nenhum pouco digestivo.
-
Ele esta chegando – Disse Ronny olhando no celular, eles estavam se comunicando
por mensagem desde quando ela havia chegado.
-
O que me preocupa é o Lewis, será que ele conseguiu o carro? – Perguntei
olhando para o espelho, até que havia escolhido uma roupa diferente da de hoje
de madrugada.
-
Ele esta ai na frente – Disse Ronny levantando.
Nós três fomos até a porta, Ronny abriu e
pulou encima de Ted. Ted era outro amigo nosso, ele estava realmente simples
mais incrivelmente bonito, não é todo homem que continua bonito usando roupas
largas.
-
Boa noite – Disse ele abraçando Wren e depois a mim.
-
Só falta o Lewis agora – Disse Wren, ele parecia realmente impaciente, também
não era para menos, já estava se passando meia hora da hora marcada.
-
Ele deve estar chegando – Disse, depois virei para Ted – Quer comer alguma
coisa?
-
Não obrigado, minha avó me fez comer tudo o que tinha antes de sair, ela diz
que estou muito magro – Disse Ted caminhando conosco para meu quarto.
-
Ela esta certa – Disse Ronny apertando a cintura fina de Ted, a roupa enganava
bem.
-
Conseguiu falar com a Lea? – Perguntou Wren sentando de novo na cadeira da
escrivaninha.
-
Sim, ela já esta nos esperando. – Disse Ted dando de ombro – Como sempre, e
Sarah não vai poder ir, se não me engano ela brigou com a Sam.
-
Aposto que a Sam queria ir – Disse pegando outro cigarro da carteira.
-
Isso mesmo – Disse Ted
-
Bem a cara da Sam, quando vamos fazer uma identidade falsa para ela? –
Perguntei.
-
Quando ela conseguir não perder a verdadeira – Falou Wren rindo.
-
O Lewis esta dobrando a esquina – Disse Ronny.
Nós quatro levantamos juntos, iriamos chegar
tarde e Lea provavelmente está bufando a fumaça do cigarro, ela só esta indo
para a festa por minha causa, já que ela não pode ir para a comemoração após
minha casa.
O Carro da mãe de Lewis parou em frente em minha
casa e nós praticamente pulamos para dentro do carro, Ronny na frente e nós
três atrás. Conheci Lewis fazendo um curso de pintura em uma escola
independente, ele acabou ficando amigo dos meus amigos depois que o encontrei
em uma festa e nós ficamos conversando juntos enquanto bebíamos, ele era um
cara legal, o único problema era que tinha um dedo podre para namorados.
Assim que chegamos vimos Lea conversando com
uma senhora que estava vendendo cerveja na entrada da festa, era sempre mais
barato do lado de fora, principalmente porque lá dentro, no local da festa, era
um bordel, os organizadores estavam fazendo uma festa de anos de um bom publico
e com isso eles escolhiam lugares exóticos para os aniversários.
O lugar era pequeno para o numero de pessoa
que iriam participar, nós cinco antes de chegar paramos para comprar bebida e
tínhamos que beber fora do local para depois entrar e curtir a festa bem
porres. Eu e Ronny estávamos conversando com Lea que estava nos contando como
ela havia conhecido uma das prostitutas que trabalhavam no bordel, e que haviam
a confundido com uma das prostitutas, já que Lea era realmente gostosa, e ainda
estava usando um vestido vermelho curto e meias calças com cinta-liga.
Foi então que conhecemos Alex, o desastre da
festa. Ele e Lewis já se conheciam e decidiram ficar naquela festa, e os dois
estavam bebendo bastante, e nem havíamos percebido isso. Alex era um cara
legal, e realmente bonito, só que não o conhecíamos, Ted e Wren já haviam
entrado na parte coberta da festa nós deixando segurando vela para Alex e Lewis
que não pareciam nenhum pouco a fim de esconder que estavam querendo fazer
sexo.
-
Lewis, vamos entrar – Disse Lea chamando a atenção deles, interrompendo um
beijo.
-
Tudo bem, nós vamos depois – Sufocou Lewis enquanto Alex o beijava.
Nós três entramos depois e encontramos alguns
conhecidos, depois achamos Wren e Ted que estavam dançando, tentando seduzir
algumas garotas, enquanto eu e as meninas estávamos rindo deles fazendo aquilo.
Foi só quando Ronny puxou meu braço que eu vi o que terminaria nossa noite.
Lewis e Alex haviam entrado e eles não
pareciam normais, ambos estavam cambaleando e procurando alguém, provavelmente
nós, só que Alex esbarrou em uma mulher gorducha que dançava com o namorado e a
mulher acabou olhando para ele com raiva, ele olhou para ela com desprezo e
virou o rosto, só que o namorado da mulher começou a falar alguma coisa, então
Alex olhou para ele e falou alguma coisa. E percebi que Lewis não estava mais
junto a ele, ele estava abrindo a calça indo para a parede. Nós três corremos
até eles.
Lea foi até Alex e o casal e os apartou
pedindo desculpa pelo comportamento de Alex, já eu e Ronny fomos até Lewis e
percebemos que ele queria urinar, só que antes mesmo de ele colocar o seu
membro para fora o segurança veio até nós.
-
Aqui não é banheiro – Gritou o segurança para Lewis que olhou para ele não
dando a mínima.
-
Desculpa – Respondeu Ronny aos berros pela musica alta – Já vamos tira-lo
daqui, ele esta um pouco porre.
-
Acho bom – Li o segurança falar.
Nós dois pegamos Lewis e o arrastamos para o
estacionamento, e Lea fez o mesmo com Alex que parecia menos porre do que Lewis.
Colocamos ambos sentados no chão e ficamos os observando, então Lewis virou
para o lado e começou a vomitar. Alex estava comentando o quanto a mulher era
gorda e que ela precisava de uma lipoaspiração ou uma dieta das bravas.
-
Vou chamar os meninos – Disse Ronny parecendo assustada com a situação.
Lea e Eu nos entreolhamos, perguntando uma o
outro o que fazer naquela situação.
Só que ela foi piorando com o passar do tempo
porque Lewis depois de vomitar caiu encima de seu vomito e ele não parecia
muito bem, ele estava ficando verde, e Alex havia parado de gritar, e agora
estava me encarando, eu realmente estava com medo, porque ele estava muito
pálido, ele já era branco, estava muito mais branco, mas antes de poder falara
alguma coisa ele apenas começou a vomitar, se Lea não estivesse encarando Alex
também ela estaria banhada de vomito porque ele vomitou em nossa direção e em
toda sua calça, depois caiu por cima de Lewis.
-
O que é isso? Credo que cheiro horrível – Disse Wren assim que chegou junto com
Ted e Ronny.
-
Merda o que esta acontecendo com o Lewis, tirem o Alex de cima dele – Disse
Ronny pulando para cima dos dois que estavam inconsciente. Lewis estava jogado
encima do seu vomito e agora estava branco, e começou a ter algumas convulsões,
e ficou completamente deitado sobre o seu vomito. Ronny havia puxado Alex para
longe e estava passando a mão na costa de Alex para ver se ele ainda queria
vomitar. Eu e os outros fomos ajudar Lewis, o viramos de barriga para cima e
tiramos a sua camisa, seu corpo estava muito gelado, e não sabíamos o que
fazer.
-
Alguém tem alguma coisa doce? Ele entrou em coma alcoólico. – Disse Ted olhando
para nós, ele realmente parecia já ter passado por isso.
-
Eu tenho um pirulito, a senhora lá da frente me deu – Disse Lea passando um
pirulito.
-
Eu não aguento mais esse cheiro – Disse Wren afastando de Lewis.
-
Droga, os seguranças – Disse Lea olhando para dois homens grandes se
aproximando de nós.
-
O que aconteceu? – Perguntou o que estava com uma lanterna, ele estava com um
sorriso no rosto.
-
Coma alcoólico – Respondi sem pensar enfiando o pirulito na boca de Lewis –
Chupa seu gay.
-
Acho melhor leva-los para a emergência, vocês estão como? – Perguntou o segundo
segurança.
-
Ele esta de carro – Respondi olhando para Lewis – Droga.
-
Querem que chamemos um taxi? – Perguntou o segurança sem lanterna.
-
Ninguém vai querer levar eles, eles estão todos vomitados – Disse o segurança,
ainda sorrindo, com a lanterna.
-
Algum de vocês sabe dirigir? – Perguntou o segurança sem a lanterna.
-
Eu sei, mais ou menos – Disse olhando para os meninos.
Eles sabiam que eu já havia tido algumas
aulas de direção com um amigo, mas eles sabiam que eu não era exatamente bom
motorista, só havia pegado no carro umas três vezes, todos pareceram aflitos
com o fato de eu pegar o carro, mas era o único jeito de sairmos dali para
levarmos os dois para a emergência.
Assim que cheguei ao carro eu percebi que
havia esquecido como ligava ele, eu estava realmente nervoso, olhei para o
volante e comecei a me apavorar, eu realmente deveria ter bebido mais, enfie a
chave e a girei, quando o carro ligou me assustei e acelerei rapidamente, por
sorte o carro estava no freio de mão porque se não teria batido no carro que
estava estacionado a frente, suspirei e tentei me acalmar meus amigos
precisavam sair dali rapidamente. Lembrei o que tinha que fazer assim que tirei
o freio de mão, sai da vaga devagar e dei a volta no local, quase atropelei
algumas pessoas que estava chegando à festa. Não estava assim tão difícil até
chegar em uma parte estreita em que havia uma descida, parei o carro e não
consegui sair dali, só que haviam carros chegando logo atrás então não podia
ficar parado por muito tempo, minha sorte foi que o segurança legal, sem a
lanterna, pediu para descer com o carro, eu permitir e sai atrás do carro. Ele
parou o carro um pouco distante de onde estávamos, então teríamos de carregar
eles até o carro.
- Temos que colocar eles atrás – Disse Wren
abrindo o porta malas.
-
É muito pequeno, é melhor eles irem no banco de trás – Disse Ronny parada
enfrente ao porta malas.
-
Me ajudem aqui – Disse Ted tentando levantar Lewis sozinho, quase caindo com
ele – Ele é magro, mas os ossos grandes dele pesam.
-
Eu não aguento ficar perto desse cheiro, vou vomitar também – Disse Wren com a
mão da barriga.
-
Para de frescura e ajuda – Disse Lea batendo na cabeça de Wren o fazendo ir
para frente.
Ronny, Ted, Wren e eu conseguimos carregar ele
para dentro da carro, Lea estava lá dentro e nos ajudou a endireitar ele ali
dentro, ele ainda babava e estava realmente malado de vomito, deixando o carro
completamente empesteado. Depois carregamos Alex para dentro, com menos esforço
porque ele era mais leve do que Lewis. Então eu assumi o volante, Ronny sentou
ao meu lado no banco do motorista, ela iria me guiar até o hospital, Lea estava
no banco de trás segurando Lewis e Alex para que eles não batessem muito a
cabeça e Wren e Ted estava sofrendo no porta mala porque eles realmente não
cabiam ali dentro juntos.
A rua estava um pouco desertar por passar das
duas da manha, mais cada vez que passávamos por um cruzamento era uma gritaria
dentro do carro porque ninguém queria morrer naquela noite de comemoração, fio
num cruzamento que nós ficamos assustados já que um carro praticamente nos
bateu, eu não o havia visto e ele idem.
-
Merda ele esta nos seguindo – Berrou Ted lá de trás.
Aquilo não era algo bom de ouvir enquanto você
esta nervoso dirigindo o carro da mãe de seu amigo. Ronny falava para eu
acelerar e Lea para paramos em algum lugar e sairmos correndo, só que cada vez
que um falava alguma coisa eu realmente não sabia o que fazer.
-
Ele dobrou – Gritou Wren, pelo retrovisor eu o vi batendo em Ted. – EU NÃO
QUERO MORRER HOJE CARALHO!
-
DESCULPA – Berrou Ted, ele provavelmente estava sofrendo, porque o soco de Wren
doía. Ele fazia academia e lutava karatê.
-
É ali – Gritou Ronny para mim assim que avistou a emergência.
-
Ta – Berrei de volta perdendo por segundos o controle do carro pelo susto que
ela havia me dado, já que eu estava olhando para Ted e Wren brigando no porta
mala.
Entramos no estacionamento da emergência e eu
dei um freio rápido, cantando pneus dentro de um lugar fechado, achei que não
iria conseguir parar e estava com medo de bater no carro que estava estacionado
a frente. Nós cinco paramos e ficamos estático por um momento provavelmente
querendo saber se ainda estávamos vivos. Depois descemos do carro rapidamente,
Ronny e Ted pegaram duas cadeiras de rodas enquanto Wren, Lea e eu tirávamos
Lewis de dentro do carro ainda inconsciente.
-
Vai rápido – Gritei para Ronny que saiu correndo empurrando a cadeira de rodas
com Lewis.
Nós quatro tiramos Alex do carro e o jogamos
na cadeira de rodas. E Wren saiu correndo com ele para a emergência. Eu me
joguei no chão de joelhos, com o pico de adrenalina que havia sofrido por
dirigir um carro, quase ser seguido e quase bater o mesmo carro tudo em uma
noite só. Lea se ajoelhou ao meu lado e começou a passar a mão na minha costa
dizendo que eu havia sido ótimo, e Ted me trouxe um pouco de agua, o segurança
da emergência perguntou se queríamos que ele estacionasse o carro e
praticamente joguei a chave nele como se ela fosse um peço de ferro fervente.
-
Onde será que eles estão? – Perguntou Lea assim que entramos no hospital.
-
Provavelmente eles vão para a urgência, ou tomar alguma coisa – Disse Ted –
Aposto minha vida que é por ali – Falou solenemente Ted apontando para o
corredor.
-
Esta escrito na placa inteligência – Disse Lea revirando os olhos, saindo em
caminhada para a urgência.
Assim que chegamos à área onde Wren e Ronny
estavam com Alex e Lewis percebi que não eram os únicos em coma alcoólico
naquele hospital, parece que estavam havendo muitas festas naquele sábado, pois
haviam mais uns quatro ou cinco na cadeira de roda, dois inconsciente e outros
três passando mal, um até chegou a vomitar na sala, fazendo Wren quase vomitar
também pelo cheiro, uma mulher que estava com um na cadeira de rodas passando
mal estava falando que haviam mais amiguinhos se juntando a ele, de uma forma
muito engraçada como se o cara fosse uma criança, o rapaz apenas sorriu para
nós e depois deixou a cabeça cair, os amigos deles riram e a mesma mulher comentou
que ele havia tomado uma garrafa de tequila sozinho, isso sim era radical. Os
cinco foram atendidos, Alex e Lewis ficaram tomando um soro de glicose enquanto
nós três assistíamos aquilo como se fosse uma comedia porque Alex mesmo
inconsciente gritava coisas estranhas e Lewis realmente parecia um bebe se
livrando das mãos da enfermeiras enquanto elas tentavam achar a veia dele.
-
Preciso de algo forte – Disse olhando para a situação dos dois ali.
-
Somos quatro – Concordou Wren. Nós cinco saímos de lá deixando os dois na mãos
da enfermeira.
-
Não deveria ficar alguém com eles? – Perguntou Ted.
-
Fica você então – Rebateu Lea.
-
Não, os deixem lá mesmo – Nós cinco caímos na gargalhada enquanto saiamos para
fumar um cigarro do lado de fora. Depois de tudo o que havíamos passado nós
realmente precisávamos de um cigarro.
Já estava clareando quando terminamos os
cigarros, e então percebi que estava faminto, e não era apenas eu. Nós cinco
descemos um pouco a rua e chegamos a um trailer de lanches de rua, sentamos na
mesa e pedimos os lanches, ficamos conversando e imaginando como teria sido a
festa se os dois não tivessem que ir para a emergência, e quando os nossos
lanches chegaram nós praticamente os devoramos. Lea então pegou uma carteira
que eu não sabia que ela tinha e tirou uma nota de cem reais, e comentou que
aquela carteira era de Alex e que deveríamos pagar nossa comida com aquele
dinheiro já que graça a eles nossa festa havia terminado muito mal. Todos
concordaram e saímos dali gastando apenas o dinheiro de Alex. Quando voltamos
para o hospital ambos já estavam melhor, com cor no rosto, Alex foi o primeiro
a acordar, ele parecia completamente assustado por estar ali, e assim que
levantou não falou nada, pegou os pertences que agora estava com Ronny e saiu
dali se desculpando pelo o que havia acontecido.
Lewis acordou ainda passando mal, mas o medico
explicou que era tudo por causa da quantidade de álcool que ele havia ingerido
na noite anterior e que provavelmente ele estaria bem melhor depois de um café
da manha bem reforçado. Nós saímos dali e ele pedia desculpa e meio que aquilo
já estava enjoando, afirmou que já conseguia levar o carro, mas ninguém o
deixou tocar nas chaves então sobrou para eu levar o carro para a casa dele. O
cheiro de vomito ainda era forte. Fomos com as janelas abertas fumando, e como
Lewis não gosta de cigarros ele teve que aguentar calado porque havia nos dado
muito trabalho naquela madrugada.
Assim
que estacionei o carro na frente da casa dos pais de Lewis percebemos que
estaríamos enrascados se eles nos pegassem daquele jeito, ele principalmente e
nunca mais teria como sair de carro. Nós deixamos o carro alguns quarteirões
depois no lava jato e voltamos andando para a casa de Lewis, se a mãe de Lewis,
que não é nenhum pouco simpática com nós, iria nos ver, e principalmente, o
visse todo sujo provavelmente iria perguntar do carro. Só que Lewis realmente
precisava de um banho e mudar de roupas, de preferencias jogar a que ele estava
fora. Por sorte já havíamos entrado na casa de Lewis pulando o muro, isso
requer varias saídas para festas escondido. Descemos no quintal da casa dele e
por sorte a cachorra de sua prima não estava lá, provavelmente a família havia
ido para a praça perto da casa dele que era um ponto turístico da cidade.
Entramos na cada de Lewis sorrateiramente, para realmente averiguar se não
havia ninguém e por sorte dele não havia, subimos e nós cinco ficamos sentados
na cama comentando sobre como seria engraçado se a mãe dele estivesse em casa e
o pegasse daquele jeito.
Só que então a ouvimos o chamando. Nós nos
olhamos e ficamos em pânico. Ela não poderia nos pegar ali. E então começamos a
correr pelo quarto procurando um esconderijo, Ted, Lea e eu nos escondemos
embaixo da cama, Wren se escondeu no armário de Lewis e Ronny ficou atrás da
estante de livros que havia no quarto, era um bom lugar já que ninguém
procuraria nada ali.
-
Já chegou? – Perguntou a mãe de Lewis entrando no quarto.
-
Oi mãe – Ouvi Lewis do banheiro – É sim, deixei o carro na casa do meu amigo,
não queria dirigir com sono ainda.
-
Porque voltou tão cedo? – Perguntou ela parada em frente a porta do banheiro.
-
Prometi ao papai que estaria em casa antes do almoço – Respondeu Lewis, ele
provavelmente estaria se perguntando onde nós estávamos.
-
Tudo bem, espero que traga o carro logo, quero ir fazer compras.
Só
que nesse momento o celular de Wren tocou, só ele tinha o toque de uma serie
que assistíamos no celular. Olhei para Ted e ele olhou para o armário, de onde
estávamos dava para ver o armário e onde Ronny havia se escondido, assim que
ouvimos os passos da mãe de Lewis se aproximando do armário, baixamos a colcha
e prendemos a respiração. Acho que a mãe de Lewis viu o movimento da colcha da
cama porque vimos ela começando a se levantar, mas então Lewis abriu a porta do
banheiro.
-
O que esta procurando? – Ouvi ele perguntar.
-
Acho que seu celular esta aqui embaixo.
-
Depois eu pego, deve ser a Ronny. Ela quer uma carona para casa.
-
A Rosmenta? Vocês ainda se falam? – Perguntou ela, sentando-se na cama. Nós
três nos entreolhamos e cobrimos a boca para não começarmos a rir.
-
Sim – Dava para perceber na voz de Lewis que ele estava nervoso.
-
Você esta bem meu filho? – Perguntou a mãe dele, ela parecia preocupada, talvez
com o estado do seu precioso carro.
-
Claro mãe, vou me trocar e já vou pegar o carro.
-
Tudo bem, me encontrarei com o seu pai, ele esta com sua avó e seus tios na
praça.
-
Nenhuma novidade dominical – Diz Lewis parecendo agora entediado.
Finalmente a mãe de Lewis saiu do quarto e
contamos até vinte para que ela estivesse fora da casa também, saímos de nossos
esconderijos e encontramos Lewis apenas de cueca parecendo confuso conosco
saindo de baixo da cama e do armário, começamos a rir de quase sermos flagrados
e de Lewis que ainda parecia porre demais para assimilar as coisas.
Depois que todos tomaram banho e fomos até o
lava jato pegar o carro, Lewis nos deixou em casa seguindo para o seu encontro
com sua família na praça. Aquele sim havia sido um aniversario inesquecível.
Não sabia o quanto.
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