quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Happy Halloween


Historias românticas  de halloween


Ela colocou a blusa logo depois que terminou, ela sabia que não era serio, ela sabia que ela não a amava, mas ela a queria.
- Tenho que ir, foi ótimo hoje.
Ela levantou e terminou de se vestir.
- Eu te amo.
 Ela não se moveu por um tempo, mas a outra sabia que aquilo não surtira efeito. Deu de ombros e saiu do quarto rapidamente.
 A casa era bonita, o sexo era bom, mas ela não valia a pena, era apenas para uma noite assim como as outras garotas do bar. Ela tocou a maçaneta e a giro, mas algo penetrou suas costas e fez a mesma ação.
 O sangue pingava no chão, o corpo contra o seu, a faca da cozinha ainda dentro do corpo da amada, “girar era algo divertido”, ela pensou.
- Eu disse que te amo – Repetiu no ouvido da garota que ainda estava com a faca entre os seios. – Agora você entendeu? – Perguntou retirando a faca e soltando o corpo. Ele caiu e a garota não se mexia mais. Ela debruçou-se e tocou os lábios nos da garota no chão – Meu amor – Ela repetiu, abraçando o corpo sem vida.



 Ela ficava linda dormindo, aqueles olhos fechados, a boca rosada, o nariz pequeno, o cabelo bagunçado e caindo sobres os olhos.  O celular vibrou ali atrás, ele não queria que ela acordasse.
 “Ei gata, quero muito te ter hoje.”
 Ele encarou a tela por um tempo, ele não conseguia acreditar, segurando o celular ele respondeu. “Claro, onde nos encontramos?“.
“Sua casa é claro, sei que o trouxa não vai para lá hoje por casa da mãe débil.” Foi respondido logo depois.
 Ele esmagou o celular, sua mão sangrava, mas isso não importava. Ele deitou sobre ela.
 Ela acordou com beijos e abraços, a barba dele roçando em seu pescoço, ela estava feliz, ela estava excitada. Mas logo perdeu o fôlego.
 Ele a segurou no pescoço, ele queria amassa-lo como havia feito com o celular, e fez, os olhos dela estavam arregalados, ela se debatia, ela queria viver. Ele a viu perdendo os sentindo, as marcas de seus dedos naquele pescoço, ele sorria para ela ainda dormindo, ela estava tão bonita com os olhos fechados.
 - Obrigado pelos nossos dois anos de namoro – Ele falou beijando os lábios da garota que dormiria para sempre.


Ele estava nu, seu corpo estava todo ensaboado e seus olhos estavam fechados. Ele estava quase dormindo e tudo o que ela pensava era “que bom”.
 Ele estava naquele restaurante em que todos vêm quem a pessoa é, ele estava com seu melhor amigo, as mãos um encima da outra, alguém havia lhe mandado mensagem sobre onde ele estava. Ela não podia acreditar. Ele encostou o ombro no de seu amigo. Ela abriu os olhos. Ela queria soluções para o que havia presenciado. 
Ela caminhou até a banheira sem que ele percebesse, ela o olhou mais uma vez e lembrou que antes daquele dia ele havia dito que a amava, ela não acreditava, não agora.
 Ele alisou o rosto de seu amigo, e depois tocou seus lábios naqueles lábios grossos e sentiu que ele estava adorando, ela conseguiu sentir, ela chorou.
Ela colocou a mão em seus ombros, ele sorriu, ela alisou seus ombros e continuou a alisa-los, ele tocou em suas mãos, ele sentiu um choque percorrendo seu corpo. Ela começou a submergi-lo na água, ele deixou.
 Quando ele quis voltar ela impediu, ele forçou, mas ela havia conseguido forças, ele se debatia, apertava os braços dela, ela não o soltava, ela sentia a agonia dele, ela gostava. Quando ele parou, ela sorriu.



- Oi
- Oi
- Quero Terminar contigo.
- Há, Tudo bem.
 E ele perdeu o fôlego  ele queria grita, aquilo estava matando-o por dentro, aquelas poucas palavras estavam matando seus sentimentos.
 Ele virou para ir e tudo o que pensou foi que estava se livrando de algo para sempre, só que seus pensamentos foram interrompidos por algo que agora estava  ardendo e um tanto molhado. Ele caiu.
A viga de madeira estava molhada na ponta e agora vermelha, assim como suas roupas e seu rosto. Ele adorava aquela cor, ele não se importava. O que estava caído no chão estava ferido por ele, assim como aquele havia acabado de fazer.
Três batidas fortes poderiam ser necessárias para o caído parar, mas não fora, ele ainda respirava.
"Porque ele ainda está respirando?" Foi o que se perguntou, "Eu já o matei quatro vezes", foi o que falou a si mesmo depois de bater pela ultima vez para que o caído parasse de vez.


domingo, 14 de outubro de 2012

R.A.V.E - Capitulo Quatro

Fantasia é uma droga.

- Porque estamos aqui? – Foi Sam quem perguntou assim que descemos do taxi e olhamos para Wren.
- Preciso cobrar uma divida, e vocês, minha vadias, vão aproveita-la comigo.
- Porque eu acho que isso não vai ser boa coisa? – Perguntou Ted encarando o lugar.
 Realmente era uma boa pergunta a se fazer, o local era escuro e bem fedido, fedia a mijo e provavelmente era um ponto de drogas, julgando os mendigos ali perto. A minha única pergunta era a de Sam, porque estávamos ali e porque Wren teria assuntos a tratar naquele lugar tão repulsivo.
 A pergunta foi respondida assim que adentramos o local, dentro era completamente o oposto de fora, o ambiente era realmente iluminado, talvez pelo fato de ainda não estar aberto, já que por ser uma boate de streapers deveria estar um pouco menos iluminado, com as paredes de veludo vinho e alguns postes  de polidance, eu realmente queria entender qual seria a graça daqueles homens tão bem sucedidos irem aquele lugar para ver mulheres nuas requebrando encima daqueles palanques.
- Wren meu amigo, quanto tempo não lhe vejo – Falou o barman do outro lado do balcão assim que avistou nós quatro ali dentro.
- O chefe esta ai? – Perguntou Wren indo para mais perto do balcão.
- Sim, ele mandou você entrar assim que chegar – Disse o barman.
 Wren seguiu para tras do balcão e nós ficamos ali, sentados olhando para o local em que nos encontrávamos.
- O que será que ele esta aprontando dessa vez? – Perguntou Sam encostando ao balcão.
- Queria saber, espero que não seja encrenca, eu quero muito viajar depois de amanha.
- Será que a Lea vai? – Perguntou Ted olhando para os polidances, aposto que ele estava desejando ficar ali até o lugar abrir para presenciar os shows.
- Provavelmente – Disse Sam.
 Ficamos em silencio por um tempo, acho que ninguém queria falar com Ted sobre Lea e sobre o seu amor por ela e a sua vontade de que ela fosse conosco para ele provavelmente ficar com ela por um tempo a sós em uma praia.
 Recebi uma mensagem de Lewis e Sarah perguntando onde estávamos e porque estávamos demorando tanto. Por ser sexta feira e estar se aproximando de um feriado prolongado de ano novo estávamos nos reunindo na casa de Wren, já que nem todos iriam poder ir conosco.
- Você sabe como o Leo esta? Não consigo falar com ele – Perguntou Sam assim que percebeu que estava com o meu celular.
- Ele esta se virando bem, existe miojo e cigarro barato – Respondeu Ted por mim com um sorrisinho estranho no rosto – Mas a minha casa ainda esta inteira pelo menos.
- Que bom – Disse olhando para Sam sem entender.
- Onde esta o Wren? Porque ele não volta? – Perguntou Sam agora já impaciente.
- Ele já deve estar voltando querida – Disse o Barman atrás de nós, havíamos esquecido que ele estava ali.
- Você sabe o que ele esta fazendo ali dentro? – Perguntou Sam virando para o barman.
- Sim, ele fez um favor ao seu primo e agora esta pegando a recompensa – Disse o barman enquanto passava um pano nos copos – Vocês querem alguma coisa?
- Não, obrigado – Respondi pelos meninos que provavelmente aceitariam, mas algo naquele barman não estava me deixando confortável, assim como o local.
 Por sorte minha impressão estava errada porque Wren saiu 10 minutos depois com uma mochila que ele não carregava quando entrou na sala, ele falou algo com o barman antes de nos tirar daquele lugar, mas não respondeu o que estava fazendo ali até chegarmos a sua casa.
 As chaves estavam com Lewis então tivemos que esperar alguém abrir para nós, foi Ronny que abriu a porta com um copo de cerveja numa mão e um cigarro na outra. Dava para perceber que a festa já havia começado sem nós. Jonnhy e Leona também estavam ali e eles haviam trazido as cervejas, Sarah estava sentada conversando com Lea no sofá e ambas viram nos cumprimentar quando entramos na sala. Lewis estava na cozinha e apenas acenou para nós de lá.
- Agora, vamos ao que interessa – Disse Ted olhando para Wren e para a mochila.
- Tudo bem, meu primo é traficante e meio que eu achei uns caras que deviam para eles com o computador da faculdade, vai ver eles são burros demais por colocar endereço em redes sociais, e quando meu primo foi cobrar a divida os caras estavam com uma droga nova no mercado.
- Sim e o que tem dentro da bolsa? – Perguntou Leona curiosa.
- É a nova droga, meu primo provou e disse que eu merecia dividir com meus amigos porque ela é muito louca – Disse ele colocando a mochila na mesa, abrindo depois.
 Dentro da mochila havia algumas folhas realmente escuras e um tanto empoeiradas, pareciam velhas, iguais àquelas que caem no outono.
- E porque você aceitou?
- Acho que ela seria boa para nós comemorarmos hoje – Disse ele com uma cara convencida.
- Ela esta toda suja – Disse Sarah olhando para a mochila.
- Não, é a combinação do pó com as olhas que deixa o efeito mais radical.
- Radical quanto? – Perguntou Lewis voltando da cozinha mastigando.
- Ele me falou que é alucinógena. E que eu precisava experimentar.
- E o que estamos esperando para fazer isso? – Perguntou Sam pegando algumas folhas da mochila.
- Eu pego a seda – Disse Ronny indo até sua mochila.
 Sarah não parecia muito feliz com aquela ideia, ela não era muito o tipo de pessoa que se drogava com os amigos, mas nos sustentava e até fumava alguns cigarros comigo, mas apenas eu sabia disso, ela não queria perder essa imagem, o problema mesmo acho que seria Sam provar, e sabendo como Sam era eu imaginava que ela seria a primeira a provar.
 Assim que Wren acendeu o primeiro cigarro saiu uma fumaça um tanto negra do bolado e apenas aquilo já nos deixou embriagado, e o cigarro foi passando para cada um de nós.

 Acordei e já estava claro lá fora, isso era bom, pelo menos eu havia sobrevivido a seja lá o que fosse aquilo, eu queria muito tomar sorvete, provavelmente havia sonhado com aquilo, assim que sentei na cama olhei para o lado e vi Ted deitado em uma cama que não costumava estar no meu quarto, ele estava dormindo feito um bebê, chegava até a sorrir durante o sono.
- Ted? – Chamei, mas parecia que minha voz estava longe, pois quase não a escutei.
 Peguei meu travesseiro e bati em Ted para que ele acordasse, quando ele o fez seus olhos não estavam mais azul, estavam pretos e ele sorriu.
- Que merda é essa? – Perguntei olhando para ele.
- O que foi? – Perguntou ele assustado também se levantando.
- Seus olhos – Disse apontando para eles.
- O seu está preto, e dai?
- Isso é estranho – Disse – Onde estamos?
- Na faculdade, onde mais poderíamos estar? – Perguntou Ted me olhando como se eu fosse algum retardado.
- Como assim? – Perguntei olhando para ele, não estávamos na casa do Wren?
- Você bebeu? – Perguntou ele olhando para mim – Serio isso é preocupante. Vou tomar banho, temos que ir daqui à meia hora.
- Como assim? – Perguntei olhando para ele sem entender.
 Tudo bem aquilo estava me assustando, levantei e fui até a janela, porque tudo estava tão cinza lá fora? Onde eu estava? Quer dizer, era de manha, isso é verdade, mas uma manha cinzenta, e porque aquele lugar parecia um quartel, se era uma universidade porque não haviam pessoas porres jogadas na calçada? Porque que tinha um policial fardado?
- você esta louco? – Perguntou Ted, ele estava fardado, na verdade aquele uniforme era estranho – Não podemos dar na telha, eles não podem desconfiar o que vamos fazer hoje.
- Do que você esta falando? – Perguntei encarando Ted sem entender.
- Como você não lembra? – Perguntou Ted agora parecendo preocupado comigo – Foi você que fez o plano todo.
- De que merda você esta falando?
- Veste logo o seu uniforme, temos que descer.
 Abri o meu armário e percebi que ele não tinha nenhuma roupa que eu naturalmente visto, apenas uniformes e alguns chapeis vermelhos, foi quando eu vi o bracelete e o broche que estavam em minha roupa eu percebi o que estava acontecendo, só poderia ser um sonho e eu realmente queria acordar dele de uma vez por todas.
 Eu e Ted descemos assim que terminei de me arrumar, encontramos com Jonnhy, Lewis e Wren em formação bem a frente de nosso corredor.
- Finalmente, as meninas estão do outro lado do pátio.
- Como isso é possível? – Perguntei olhando para eles.
- Ele acordou assim hoje, ele nem lembra quem ele é.
- Do que esta falando? – Perguntou Jonnhy parecendo aflito – Precisamos matar ele na nossa primeira oportunidade.
- Mas mulheres são historicamente impossíveis de habitarem esse lugar – Disse assim que abriram nossa porta.
- Formação! – Gritou o supervisor. Os quatros levantaram o braço direito e gritaram – Hi Hitler.
 Acho que todos ficaram tensos porque eu não fiz, mas então eu levantei meu braço, por sorte o oficial não viu, ele não era supervisor, e sim um oficial de nosso batalhão, eu só não entendia porque aquilo estava acontecendo, ou melhor, o que iria acontecer depois. Saímos em caminhada e então vimos Sarah, Leona, Ronny e Lea do outro lada, todas estavam com roupas formais, saias e terninho por cima, o que era estranho, onde estaria Sam?
- Concentra Vile – Disse Wren ao meu lado assim que as meninas se posicionaram ao nosso lado.
 Foi então que eu o vi entrando com Sam no palanque, eu só não estava entendo porque ela estava com os braços algemados e com o uniforme listrado, então ele se posicionou e todos levantaram os braços de novo e gritaram. Ele levantou o braço assim como nós e então sorriu.
- Estamos aqui de novo – Disse ele, só que não em alemão e sim em francês – Para matar aqueles que se opuseram as minhas escolhas no passado, eu sabia que não demoraria muito para eles morrerem, assim como essa garotinha.
- Eu não sou uma garotinha, eu sou mais homem do que você – Disse Sam cuspindo na roupa de Hitler.
- Ousada – Disse ele olhando para nós sorrindo.
- Não sou covarde em assumir a minha homossexualidade como você – Disse Sam.
 Pude ver que Hitler não ficou muito satisfeito com o que ela havia falado, deu-lhe um tapa no rosto que a fez cuspir sangue, julgando pelo estado de Sam eu sabia que ela não havia apanhando apenas naquele momento.
- Que merda é essa? – Perguntei olhando para Wren ao meu lado.
- O sacrifício de Sam, ele voltou de onde estava congelado para nos escravizar, ele ainda tem seguidores, e estamos aqui para combatê-lo.
- Como? – Eu realmente estava começando a ficar estressado, que merda era aquela.
- O Hitler conseguiu voltar ao poder, agora ele se aliou as mulheres e a qualquer pessoa que pense que os diferentes são coisas ruins, estão escravizando eles, e aqueles que lutam para fugir acabam ali para morrer – Disse Jonnhy ao meu lado.
- E porque nós estamos aqui? – Perguntei olhando para eles.
- Nós estamos disfarçados – Disse Wren – Temos que manda-lo para o inferno de onde ele veio. Você não lembra que nos encontramos ontem para discutir isso?
- Claro que não – Disse.
- Ainda sabe como usar sua espada? – Perguntou Lewis.
- Espada? – Perguntei agora aflito – Que espada?
- Agora – Disse Wren.
 Ocorreu uma explosão e vi todos olharem para onde estávamos, na verdade aqueles que não foram atingidos pela explosão nos olharam, os outros apenas saíram para bem longe de onde estávamos agora nós oito estávamos posicionados um do lado do outro, cada um com uma espada e agora com roupas e capacetes de cores diferentes, Lewis de Azul, Wren de preto, Eu de Vermelho, Jonnhy de Branco, Sarah e roxo, Lea de Rosa, Ronny de laranja e Leona de Amarelo. Estávamos parecendo os power rangers.
 O primeiro a se movimentar foi Wren ele estava segurando uma rede parecida com a de um gladiador, só que ela estava magnetizada, ele correu para alguns nazistas a nossa direita o cercando com sua rede, fazendo alguns ficarem completamente torrados, Lewis pegou o seu arco e flecha e começou a disparar contra os soldados que estavam encima se preparando para nos atacar, Jonnhy pegou o seu bumerangue e começou a lançar contra os nazistas a nossa volta, o bumerangue possuía laminas afiadas e podia se ver os soldados caindo sangrando, Sarah abriu asas parecidas com a de fada e voou em direção a irmã e Hitler com sua comitiva soltando ondas que pareciam algas que se prendiam a quem queria lhe deter, Leona e Ronny saíram correndo para proteger a amiga que estava voando, uma com um facão e outra com facas pequenas mas bem ages na mão de Ronny e Lea ficou ao meu lado com uma foice.
- Onde esta sua espada? – Perguntou ela a minhas costas enquanto alguns nazistas se aproximavam de nós com armas de fogo.
- Como eu faço para aparecer a minha espada? – Perguntei olhando em volta eles se aproximando, eram muitos.
- É só falar, espada venha para mim.
- ESPADA VENHA PARA MIM! – Berrei e algo metálico se materializou em minhas mãos. Era bem pesada, e tinha duas laminas bifurcada, aquilo não podia estar acontecendo.
- Droga, eles só estão se multiplicando, nunca vamos salvar a menina do pijama listrado.
- Isso não é um livro?
- Um o que? – Perguntou Lea partindo para cima dos soldados, eles começaram a atirar mais o jeito que ela se esquivava era bem rápido, e às vezes sua foice conseguia ricochetear algumas balas.
- Como você faz isso? – Perguntei ainda imóvel, percebendo que as balas que vinham em minha direção não me perfuravam.
- Você me ensinou – Disse ela parecendo surpresa – Primeiro você fala em livros, que merda é essa? – Perguntou ela atravessando com sua foice dois soldados de uma só vez.
- Esquece – Disse começando a correr em direção aos soldados.
 Estava começando a entender como se manuseava uma espada e o jeito que ela passava pelo corpo dos nazistas e o cheiro que eles exalavam depois estava me deixando feliz, e isso era estranho.
 Nós fomos aproximando um do outro no local onde Ronny e Leona estavam, e percebi que Sarah estava caída e Ronny e Leona estavam sofrendo para protegê-la, pois quase todo o resto dos soldados estava em volta delas. Nós fomos chegando um a um onde eles estavam e fomos derrotando os soldados lentamente, só que esses eram diferentes quando eles se machucavam começavam a quebrar feito vidro. Nos reunimos e ficamos olhando para ver se vinham mas soldados.
 Quando olhamos para onde Hitler estava ele estava com um pedaço de madeira não mão, aparentava ser uma varinha, e ele mexia a boca rápido demais não dando para identificar o que ele estava falando.
- Droga ele esta conjurando os robôs de gelo.
- Os o que? – Perguntei.
 Então entendi o que eles queriam dizer, olhei para os pedaços de vidro que começavam a rastejar até os corpos dos soldados que havíamos acabado de matar, eles iam se grudando ao corpo dos soldados caídos e então começavam a se unificar, parecerem armaduras, e os corpos começaram a se levantar.
- Merda – Ouvi Wren falar.
 Eles eram rápidos e começaram a nos lançar bolas de fogo e mesmo com a roupa que estávamos elas começaram a machucar depois que ficaram intensos, mas Sarah começou a falar coisas estranhas atrás de mim e as bolas de fogo agora esbarravam em uma bolha grande de sabão.
- Que merda é essa? – Perguntei.
- A bolha de sabão que Sarah esta fazendo. – Disse Ronny.
- Sabão? Serio?
- Esta bem fraca, ela foi atingida assim que encostou em Hitler – Disse Leona se ajoelhando ao lado da amiga.
 Sarah estava com a mão encima de um corte que ia ficando preto nas extremidades e que a fazia se contorcer de dor, mesmo assim ela ainda estava fazendo aquela bolha de sabão para nos proteger.
- Ela não vai sustentar por muito tempo, preparem-se – Ouvi Lewis dizendo virando para onde os soldados, agora mais perto, nos lançavam bolas de fogo.
 Assim que a bola de sabão se desfez um robô pulou encima de mim e a ultima coisa que eu me lembro de ter o ouvido dizer foi “I love you” como aqueles ursinho enquanto ele quebrava meu capacete.

 Acordei com a cabeça apoiada no colo de Lea. Com uma dor forte na cabeça.
- Que merda – Sussurrei para mim mesmo.
- Isso é muito alucinógeno – Disse Sarah para mim, percebi que ela era a única que estava sentada olhando para o mesmo cigarro que Wren havia bolado para nós, acho que ela foi a única que não tragou.
- Estou me sentindo muito mal.
- Imagino, todos estavam falando coisas estranhas, eu fiquei realmente assustada, acho que você foi o único que tragou uma única vez, acho que foi por isso que acordou.
 Olhei para o lado e meus amigos estavam todos jogados no sofá e no chão, eles pareciam bem perturbados, os olhos fechados e as mãos tremendo, parecia que eles estavam tendo convenções, mas todos estavam sorrindo.
- Você deve comer alguma coisa – Disse Sarah largando o cigarro encima da mesa.
- Eu estou faminto.
- O Tate ligou para você então você sonhava – Disse Sarah apontando para o meu celular encima da mesa. – Mas não atendi, estava com medo dele pensar que vocês estavam morrendo.
- Eu acho que estou, serio isso foi muito estranho – Disse alisando meu rosto – Eu acho que nunca mais vou provar recompensa alheia.
 Eu e Sarah ficamos na cozinha ouvindo os gemidos do pessoal, eles pareciam realmente estar gostando da fantasia que a droga estava dando para eles, eu só não queria que Wren levasse aquilo para a nossa viajem, se não algum muito ruim iria acontecer com o alguém, julgando o estado em que Sam apareceu na cozinha.
 Seus olhos estavam negros, não o branco, mas parecia que a pupila havia ocupado toda a ires, se isso era possível, e ela sorriu para nós de um jeito estranho, se largou na cadeira e encostou a cabeça na mesa e começou a vomitar ali mesmo, eu e Sarah ficamos apenas olhando aquilo, eu realmente não queria mais aquilo.


terça-feira, 2 de outubro de 2012

What to Do?



 Como eu queria não estar ali naquele momento, eu sabia que aulas de educação física não eram o meu forte, eu era bom em natação e em fotografia, mas não conseguia nem de fato segurar uma bola como os outros garotos.
- Vamos, vem logo – Ouvi Donald falar, mas eu não queria tanto aquilo que fiz meu corpo ficar paralisado.
- Não consigo! – Praticamente gritei olhando para as cores do assoalho da quadra.
- Você consegue sim, pare com isso – Disse Donald rindo – Serio, eu vou quebrar a sua câmera se você não andar até a merda daquela quadra e segurar aquela bola. Se não eu te forço a pegar nas minhas por uma hora.
- Acha que se eu fizer isso eu passo em Educação Física? – Perguntei encarando meu melhor amigo por um tempo.
 Acho que Donald pensou bastante antes de me responder qualquer coisa, mas então ele revirou os olhos e me deu um empurrão em direção à quadra. – Anda logo seu esquisito.
 O jogo começou e pareceu que foi o fim de minha vida naquele momento, eu queria realmente não estar ali, mas eu sabia que depois de começar a jogar eu iria me soltar, eu tinha medo e isso era tudo.
 Mas nem tudo o que queremos da certo.
 Adam acabou me acertando com a bola na cara e eu cai, batendo a cabeça bem mais forte do que eu espera na quadra, eu não estava me sentindo muito bem naquele momento, eu estava começando a sentir que minha cabeça estava repousada em uma poça d’agua que o zelador provavelmente não havia limpado, mas quando vários garotos do time e o treinador chegaram pelos seus olhares, eu sabia que nada de bom havia acontecido.
- Ai meu deus, meu filhinho – Eu ouvi minha mãe gritar assim que entrou na enfermaria da escola.
- Senhora, por favor. Preciso que vá lá pra fora.
- Ele é meu filho! – Berrou ela com a enfermeira.
- E eu preciso de paz para poder costurar a cabeça dele, se a senhora começar a gritar eu juro que lhe sento a mão na cara.
 É claro que minha mãe se retirou da sala, e eu sabia que depois a pobre enfermeira iria ouvir bastante de meu pai, que provavelmente pelo excesso de ligações de minha mãe, estaria ali a qualquer momento.
 O procedimento não demorou muito, e eu realmente não estava sentindo alguma dor se quer, eu só queria um copo de água de coco gelada e minha cama com minha câmera, provavelmente meu ferimento na cabeça iria virar obra prima.
- Esse animal – Ouvi meu pai gritando enquanto me dirigia para a diretoria, onde havia me informado meus pais estarem.
- Ele precisa ser expulso! – Gritou minha mãe mais alto.
- Calma Sr. e Sra. Watson eu sei que o que Adam fez não foi realmente necessário, mas a culpa não é dele se a bola bateu no chão e foi em direção de Philipe. Aposto que ele não quis fazer isso.
- Como o senhor pode saber? – Perguntou minha mãe, ela realmente estava furiosa.
- Porque eu tenho vinte meninos que estavam fazendo a mesma aula de Philipe e Adam juntos além é claro de meus treinadores que estavam administrando a aula.
- Licença diretor – Pedi assim que abri a porta.
- Meu bebê – Gritou minha mãe correndo para me abraçar.
- Eu peço desculpas por minha mãe e por meu pai. Acho que Adam não precisa ser expulso e muito menos suspenso, a culpa não é dele se eu não consigo segurar uma bola em movimento.
- Mas...
- Pai já chega, eu só quero ir para casa.
 Meus pais não ficaram muito felizes com o que eu pedi, mas fizeram acho que para me agradar, Donald estava na saída da escola quando eu sai do prédio e ele me desejou melhoras, como Donald fuma minha mãe não gosta muito dele. Adam estava sentado com os amigos da seleção da escola levantou e veio até mim.
 Juro que no momento em que minha mãe segurou sua bolsa de marca ela iria bater nele se ele se aproximasse mais.
- Você esta bem? – Perguntou Adam assim que parou em minha frente me fazendo parar também.
- Sim – Disse olhando para meus pais que olhavam para Adam com uma cara não muito amiga. – Eu encontro vocês no carro.
- Seus pais devem estar me odiando agora – Disse ele olhando para meus pais.
- Sim, um pouco, quase que você é expulso da escola – Disse enquanto olhava para meu tênis.
- Espero que isso não aconteça de novo.
- Eu também espero que não, ao menos isso me serviu de algo.
- Em que isso pode te servir? – Perguntou Adam um tanto intrigado.
- Não vou ter de fazer educação física por muito tempo.
- Não é tão ruim assim.
- Para mim é pior do que repetir o ano – Disse um tanto tímido, eu e Adam nunca nos falamos tanto assim, ele andava com os populares e eu com Donald que era dito como rebelde da escola, nós só nos falávamos em sala quando precisávamos de algo ou quando sem querer nós caímos nos mesmo grupo para projetos e trabalhos.
- Imagino – Disse Adam um tanto confuso com o meu horror a esportes – Sinto muito de novo, espero que fique melhor.
- Obrigado, e relaxa, eu não vou deixar eles te expulsarem.
- Conto com você – Disse ele fechando os punhos, colocando-os em minha frente.
 Aposto que minha mãe não entendeu isso como um toque de colegas que estavam se despedindo pela cara que ela fez dentro do carro, mas logo que eu toquei o punho fechado de Adam com o meu e entrei no carro depois ela percebeu que aquilo era coisa de adolescente. Que não batem.

 Os dias foram se passando normal, via Adam agora com mais frequência, eu não entendia o porquê eu ainda não havia percebido que ele estava em todas as aulas comigo e ainda voltava no mesmo ônibus do que eu para casa, ele era tão barulhento e popular que era quase impossível eu ainda não ter percebido aquilo.
 Incrivelmente eu não sabia por que eu estava me ligando mais a ele, meu baque de cabeça provavelmente estava me deixando um tanto mais confuso com relação a mim mesmo, o jeito que meu coração ficava quando o via, o jeito que eu me pegava olhando para ele enquanto ele sorria.
- Esta começando a babar – Disse Donald enquanto nos direcionávamos para fora da escola umas três semanas depois de meu baque.
- Do que você esta falando? – Perguntei um tanto intrigado.
- O jeito que você olha para ele – Disse Donald olhando para onde Adam estava sentando junto com o time da escola.
 Nossa escola ficava em frente a uma praça que aparentemente estava quase fazendo parte dela porque sempre que éramos liberados íamos para li, ou quando estávamos em nosso intervalo acabamos naquela praça. Donald estava acendendo um cigarro quando sentamos em um dos bancos que ficava bem de frente para onde Adam e os meninos estavam sentados.
- Isso é idiotice sua – Disse olhando para Donald que tragava o cigarro.
- Claro que não, esqueceu que meu irmão é gay e que eu não tenho nada contra, eu sempre suspeitei de você, mas nunca quis falar porque isso poderia acabar com nossa amizade, mas da para ver como você olha para ele.
- Cala a boca Donald, isso não é verdade, eu não sou gay e muito menos estou apaixonado por Adam – Disse levantando do banco com raiva, que coisa mais estupida de se dizer.
 Deixei Donald gritando atrás de mim e entrei no ônibus que por sorte havia acabado de chegar. Sentei em qualquer lugar e fiquei olhando para Donald que ainda estava sentado olhando para o céu enquanto já quase acabava o seu cigarro.
- Ônibus cheio hoje – Disse Adam sentando ao meu lado.
- Oi? – Perguntei encarando ele – a, nem havia percebido, acho que ele sempre é assim e nós nunca percebemos.
- Isso é verdade – Disse ele dando de ombros enquanto colocava os fones de ouvido.
 Adam estava sentado ao meu lado e era mais do que impossível olhar para ele, o sol estava coberto de nuvens naquele dia mas mesmo assim ainda dava para ver os olhos escuros de Adam, o seu queixo quadrado e o nariz afilado, a boca um tanto avantajada com os lábios grossos sussurrando provavelmente a musica que estava tocando no seu Ipod, ele olhou para mim e eu acabei fingindo que estava olhando para o outro lado do ônibus, e então ele virou, seus cabelos encaracolados estavam tão perfumados que me deu vontade de toca-los.
 Eu estava ficando louco. – Foi isso o que eu pensei durante todo o percurso do ônibus – Ou era a conversa com Donald que havia aberto minha mente para o que eu estava reprimindo e eu nem sabia.
 Encostei a cabeça na janela do ônibus e fiquei olhando o asfalto, acabei caindo no sono durante o percurso.
- Philipe? – Ouvi Adam me chamar.
- Oi? – Perguntei um tanto sonolento, depois me tocando que estava deitado no banco do ônibus.
- Cara, acho que você passou de sua casa, só reparei que estavas aqui ainda agora, o final da linha do ônibus já acabou.
- E porque você esta aqui? Que merda Adam você não me chamou, porra, eu vou ter de voltar andando. Que merda!
- Calma cara – Disse ele assim que o ônibus parou nos portões antes de entrar na garagem.
- Calma nada, estou bem longe de casa – Disse olhando para fora, a única coisa que eu conseguia ver era uma casa que ficava a uns bons metros do estacionamento dos ônibus.
- Temos que descer – Adam falou levantando.
- Ótimo, o motorista não pode me deixar em casa, o que mais pode acontecer? – Perguntei assim que sai do ônibus depois de suplicar para o motorista que voltasse para me deixar.
 No momento que eu acabei de perguntar começou a chover intensamente.
 Adam olhou para mim e começou a rir e isso começou a me irritar, eu fiquei bem de frente para ele e acabei dando um soco em sua cara. Ele ficou me olhando por um tempo e quando ameaçou me bater sai correndo.
 Não sabia o porque de ter feito aquilo e eu sabia que eu estaria realmente ferrado quando Adam me alcançasse, e isso iria acontecer em breve, mas talvez o que pensei e o que Donald me falou me fizesse fazer aquilo. Eu já estava perdendo o folego e sentia meu corpo fazendo de tudo para me parar mais não podia parar.
 Mas a pista estava ficando muito escorregadia pela intensa chuva e meu corpo acabou cedendo e eu acabei caindo, não sabia se Adam ainda estava atrás de mim, mas vi que ele também caiu quase ao meu lado e veio se rastejando até mim, ele me deu um soco na cara também e depois seu outro.
- Seu merda, quem você pensa que é para me bater? – Perguntou Adam levantando o punho para mim pela terceira vez.
 E não sei de onde tirei forçar mais o empurrei de cima de mim e fui para cima dele, batendo nele de novo, acertando apenas dois socos quando ele conseguiu me virar de novo. E acabamos assim, virando e socando um ao outro até que paramos todos enlameados e ensanguentados perto da casa, bastante cansados.
- O que você tem na cabeça? – Perguntou Adam quando se sentou ao meu lado colocando a mão na boca que estava sangrando.
- Você me irritou – Disse olhando para ele ainda deitado no chão – Desde que eu abri a cabeça estou assim, temperamental demais, me desculpa.
- Acho que tudo bem, eu fiz isso em você – Disse ele, nós dois estávamos tremendo.
- Vamos entrar – Disse olhando para a casa.
- Ela esta a venda – Disse Adam – Eu moro aqui perto, vamos para a minha casa.
- Ela é longe, eu não consigo enxergar outra casa tão perto, e estou congelando.
- Como vamos entrar? – Perguntou Adam assim que paramos enfrente da porta trancada.
- Pensei que sabia arrombar portas – Disse olhando para ele – Você é popular.
- E o que isso tem haver? – Perguntou ele olhando para mim enquanto eu procurava meu estojo em minha mochila toda encharcada.
- Sei lá, pensei que faria muito isso – Disse dando de ombros enquanto tentava abrir a porta como Donald havia me ensinado a algum tempo atrás.
- Como você sabe fazer isso? – Perguntou Adam assim que a porta se abriu.
- Ande com o Donald e você saberá bastantes coisas.
- O seu amigo drogado?
- Sim, o meu amigo drogado, algum problema?
- Calma cara – Disse Adam erguendo os braços como se estivesse se rendendo. – Pensei que você fosse um cara do bem, um nerd aparentemente.
- Eu enlouqueço quando algo dá errado, isso também pode acontecer com você.
- Sim – Respondeu ele olhando a casa. – Não deveríamos estar aqui.
- O que esta esperando? Alguém nos matar? – Perguntei enquanto olhava minha mochila, por sorte ela era impermeável, e tudo ali dentro estava seco ou apenas um pouco úmido.
- Sim – Disse ele jogando a mochila, também encharcada no chão.
 Eu continuava a tremer, talvez porque minha camisa estava completamente encharcada, a tirei e fui andando até a cozinha, assim que cheguei a pia, espremi a camisa e pude ver uma cora um tanto escura saindo dela, depois fui até o banheiro que por sinal ficava ali perto e percebi o estado de meu rosto, por sorte Adam não abriu nenhum ponto de meu rosto e aparentemente a única parte que havia ficado roxa era a do meu supercilio e por sinal estava doendo bastante.
- Como você esta? – Perguntei assim que entrei na sala com a camisa na mão.
- Estou bem – Disse ele também sem camisa espremendo ela ali na sala mesmo.
- Droga Adam, agente vai ter de limpar a sala.
- Acorda agente vai ter de limpar a casa toda, você deixou pegadas – Disse ele mostrando as pegadas que eu havia deixado e nem havia notado.
- Merda – Disse suspirando – Cara, isso ta feio.
- O que? – Perguntou ele olhando para mim assustado.
 Aproximei de Adam e segurei seu queixo tentando pegar o pouco de luz que entrava pela janela, eu havia conseguido abrir um corte em seus lábios e ele estava sangrando e seu rosto estava um tanto roxo no lado esquerdo. Tentei, inutilmente, limpar meu dedo em minha calça e passei em seus lábios, ele gritou e tentou se livrar de mim, mas não deixei, eu precisava cuidar daquilo.
- Vamos à cozinha – Disse começando a guia-lo até a cozinha.
- Eu estou bem – Implorou ele quando o encostei ao balcão.
- Cala a boca – Disse pegando minha mochila, tirando o remédio que o medico havia passado a mim caso o meu corte voltasse a sangrar, por sorte minha mãe nunca me deixava sair sem ele de casa.
- O que é isso? – Perguntou Adam.
- Cicatrizante – Disse espirrando em seus lábios.
 A cor do rosto de Adam passou por muitas cores até chegar no vermelho, foi quando ele berrou e começou a tentar me esmurrar, só que incrivelmente acabei segurando seus pulsos antes, não sabendo de onde tirava tanta força para com Adam. Seu corpo era muito malhado e cheio de divisões, mas ele não era bombado, ele era apenas dividido, ainda continuava magro como eu.
- Porra! – Gritou ele tentando se livrar de mim.
- Desculpe não sabia que doía tanto – Disse depois de perceber que ele estava mais calmo o soltando.
- Droga – Xingou ele se afastando de mim, olhando na janela depois – Ela parece que nunca vai passar.
- Temos apenas que aguardar – Disse olhando para minhas calças pingando. Eu ainda estava morrendo de frio.
 Tirei o tênis e depois a calça espremendo-a depois na pia de novo. Adam também fez o mesmo e ficou apenas como eu de cueca, Já estava anoitecendo e eu sabia que não demoraria tanto para meu celular tocar.
- Philipe? – Chamou Adam da sala.
- Oi? – Respondi enquanto tentava encontrar algo para comermos na cozinha.
- Acha que essa lareira funciona? – Perguntou.
- Tem uma lareira ai? – Perguntei voltando correndo para a sala, eu realmente não havia percebido que havia lareira ali. – Acho que sim, não custa tentar.
- Eu tenho fósforos.
- Por quê?
- Eu fumo de vez em quando.
- Sabia que não deveria jugar muito a capa pelo livro.
- Como assim?
- Nada, acende logo essa merda, eu estou congelando aqui só de cueca.
 Não demorou muito para Adam acender a lareira e como eu sabia que não iria encontrar nada para comer ali resolvi me sentar junto a Adam em frente e lareira, eu realmente estava congelando, colocamos nossas roupas perto da lareira para ver se secavam mais rápido também.
 Adam estava com o rosto apoiado nos joelhos, e os braços abraçando as pernas contra o corpo, fiquei o admirando percebendo que seu corte estava bem melhor e havia parado de sangrar, ele olhou para mim e sorriu.
- Acho engraçado, não consigo ficar com raiva de você – Disse ele.
- E porque ficaria? – Rebati.
- Você abriu meu lábio. Isso não basta?
- Acho que não, você já deve ter feito coisas piores.
- Não fiz...
- Tá, eu sei. – Disse ironicamente voltando a olhar para ele.
-... Mas já pensei em fazer – Disse ele me encarando.
- Como assim, já pensou em matar um cara? – Perguntei parecendo perplexo.
- Não – Respondeu ele olhando depois para o chão.
- Então o que? – Perguntei ainda o olhando - Já sei, já pensou em roubar a namorada do seu melhor amigo.
- Não, isso – Disse ele vindo para cima de mim.
 Eu só podia estar sonhando, os lábios de Adam estavam contra os meus, sua língua estava invadindo minha boca com selvageria, como se estivesse a fim de fazer aquilo desde que aprenderá a fazer, seu corpo estava sobre o meu e sua mão estava puxando meu corpo para junto com o seu, me tirando um pouco do chão, sua vontade estava me deixando excitado e realizado, ele estava fazendo exatamente o que eu queria. O que eu estava querendo.